PPGLITCULT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E CULTURA (PPGLITCULT) INSTITUTO DE LETRAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: JANCLEIDE TEXEIRA GOES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JANCLEIDE TEXEIRA GOES
DATA : 25/11/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Ambiente virtual
TÍTULO:

 

 

Pós Humanidade Negra: isto não é ficção científica


PALAVRAS-CHAVES:

 

 Pós-humanidade negra. Linn da Quebrada. Ruth Ducaso. Identidade de gênero. Maternidade.  

 


PÁGINAS: 176
RESUMO:

Uma pessoa, qualquer que seja, é um pedaço de tempo dentro de uma história maior. Por isso, questionamentos existenciais são inesgotáveis, se repetem e não são os mesmos, pois ao mudar o/a questionador/a se despontam novas demandas, perspectivas, necessidades e compreensões. Este texto traz consigo, desde o título, problemáticas existenciais que são, efetivamente, questões muito antigas e ao se renovarem afirmam a importância de retomadas constantes e reflexivas sobre a humanidade dentro dos espaços sociais. Neste caso, é relevante destacar que os espaços discursivos são disputados, e por metáfora, são disputas sangrentas, tendo em vista suas violências. Por consequência, há o epistemicídio crônico de populações minorizadas nas relações de poder. Nesta tese, questiona-se o conceito de humanidade, a partir da desumanização crônica. Não se objetiva promover questionamentos sobre a relevância ou sobre a etimologia do termo, mas sim, avançar em direção aos operadores genocidas e animalizadores da contemporaneidade. Cabe a esse trabalho o debate sobre o presente, sem deixar de lado, os mitos de futuro, compreendendo o que está por vir enquanto disputas de narrativas. Minha hipótese é que a pós-humanidade negra é um conceito em trânsito, e, por esse motivo, em constante incompletude, que afronta as decadências sociais, ou seja, aquilo entendido como humanidade dentro da sociedade pós-moderna. Para organizar e apresentar algumas perspectivas sobre a pós-humanidade negra, estudaremos e analisaremos o cenário contemporâneo das relações étnicas e de gênero, a partir de corpos, narrativas e arte negra, como operadores de uma realidade extravasadora de limites, insurgente e reivindicante. Para isso, serão trazidos para a discussão alguns dos trabalhos músico-artístico de Linn da Quebrada e em alguns contos de Ruth Ducaso de seu livro Contos Ordinários de Melancolia. O trabalho artístico de Linn da Quebrada destaca-se por sua incisiva colocação discursiva e performática sobre os direitos das pessoas fora dos limites da cis-hetero-normatividade e sobre as violências físicas e subjetivas das pessoas constantemente destituídas de humanidade por diversas instituições de poder. Enquanto nos escritos de Ruth Ducaso intenciona-se investigar como as mães, negras e interioranas são destituídas de suas humanidades a favor de um lugar de super-heroína e de super oprimido de mãe, daquelas que não precisam sentir, pois estão essencialmente prontas para serem mulheres-cuidadoras e abdicadas de si. Considera-se relevante, as reflexões sobre as lutas contra o racismo de muitas autoras. São de fundamental relevância para estas discussões, dentre elas; ANGELA DAVIS (1995); FLORENTINA SOUZA (2003); LÉLIA GONZALEZ (2003). Tal qual, STUART HALL (2003), FANON (1983), GILROY (2001; 2005), FREITAS (2017) sobre as questões políticas e sociais na afro-diáspora. Assim, como as discussões de MEGG RAYARA (2017) e DODI LEAL (2019), JAQUELINE SANTOS (2018) contribuem para confrontar as questões de identidade de gênero e raça. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1089940 - FLORENTINA DA SILVA SOUZA
Interna - 2326650 - DENISE CARRASCOSA FRANCA
Interno - 2703693 - ARIVALDO SACRAMENTO DE SOUZA
Externa à Instituição - MEGG RAYARA GOMES DE OLIVEIRA - UFPR
Externo à Instituição - VANIA MARIA FERREIRA VASCONCELOS - UNILAB
Notícia cadastrada em: 01/11/2022 18:51
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA