A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRÉ-VERBAL EM ORAÇÕES NÃO FINITAS NO ESPANHOL CARIBENHO
Espanhol caribenho; Sujeito de infinitivo; Caso default; Gramática Gerativa.
Assume-se na Gramática Gerativa (CHOMSKY, 1995) que os verbos finitos licenciam sujeitos léxicos por disporem de traços [+T, +Agr], que são responsáveis por checar o Caso nominativo. Em algumas línguas, como o português brasileiro, o infinitivo, por possui traço de concordância [+Agr], como em É importante eles assinarem a declaração (RAPOSO, 1992), que licencia o Caso nominativo para o sujeito realizado de infinitivo. O espanhol é uma língua que não possui infinitivo flexionado, postulando-se que, na posição de sujeito de infinitivo, está a categoria vazia PRO. No entanto, encontramos no espanhol caribenho construções de infinitivos com sujeitos pré-verbais, como em, Ven acá para nosotros verte (TORIBIO, 2000). O objetivo da presente dissertação é explicitar como se dá a realização dos sujeitos pré-verbais nas orações não finitas no espanhol caribenho, já que esta variedade do espanhol tampouco possui infinitivo flexionado. Este trabalho toma como referencial teórico o Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995) e parte dele para lançar luz sobre a variação sintática do espanhol em perspectiva paramétrica, a fim de descrever e explicar, à luz da Teoria do Caso, a realização dos sujeitos pré-verbais de infinitivos no espanhol caribenho. A conclusão é que o Caso dos sujeitos pré-verbais da oração não finita no espanhol caribenho é realizado por um Caso default (SCHÜTZE, 2001), uma vez que esses sujeitos não são associados a nenhum tipo de traço de Caso (checado por mecanismo sintático) e tampouco são controlados por nenhum elemento sintático.