Banca de DEFESA: JURENE VELOSO DOS SANTOS OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JURENE VELOSO DOS SANTOS OLIVEIRA
DATA : 15/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: online
TÍTULO:

TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA PÚBLICA


PALAVRAS-CHAVES:

Ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa; Tecnologias digitais; Ensino
remoto emergencial; Projeto de Letramento.


PÁGINAS: 320
RESUMO:

O objetivo desta tese é contribuir com reflexões acerca das possibilidades de articulação das tecnologias digitais ao ensino e à aprendizagem de Língua Portuguesa, no cotidiano da educação básica da rede pública. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa inserida no campo da Linguística Aplicada, de abordagem qualitativa e natureza descritiva. A pesquisa-ação foi o modelo de intervenção escolhido para a geração dos dados, pautando-se, portanto, no tripé ação-reflexão-ação (Ghedin; Franco, 2011). O paradigma interpretativista, à luz de Moita Lopes (1994), atendeu aos propósitos analíticos aqui definidos, ajudando a tecer reflexões fundamentadas no corpus composto por estudo teórico e pesquisa empírica, que resultou na análise de diversos materiais, dentre os quais tivemos transcrições de relatos escritos e orais e produções de diferentes gêneros feitas em suportes variados, do impresso ao digital. O aporte teórico do estudo foi erigido em torno da discussão de conceitos-chave que partem da perspectiva de autores que há muito nos ajudam a compreender a temática aqui pesquisada. Nessa direção, tratamos sobre: a lingua(gem) e suas possibilidades dialógicas e interacionais (Bakhtin, 2011, 2016); a polissemia do conceito de letramento (Kleiman 1995, 2005; Rojo, 2009; Silva, 2013; Vovio e De grande, 2010); os letramentos crítico e digital (Freire, 1979; Street, 2014; Marins Costa, 2016, Botelho Borges, 2016; Pinheiro, 2016, 2021) e os multiletramentos (Cazden et al., 1996; Ribeiro, 2020; Rojo, 2012, 2019).  Ainda, com base em Santos (2020) e Mendonça; Andreatta e Schlude (2021), discorremos a respeito da pandemia de Covid-19 e suas representações sociais, com ênfase no campo educacional, num contexto de uma sociedade capitalista, patriarcal e especialmente desigual que ainda persiste. No que remete à base normativa, trouxemos a BNCC (2018), fazendo um apanhado descritivo e crítico no escopo do componente Língua Portuguesa, no Ensino Médio, e as tecnologias digitais. Para compor os dados deste estudo, foram desenvolvidas ações em duas fases em que, na primeira, dez professores de Língua Portuguesa e trinta estudantes de uma turma de Ensino Médio de uma escola pública da rede estadual de Feira de Santana (BA) responderam a questionários que traziam perguntas a respeito de suas percepções e experiências com as tecnologias digitais no ensino e na aprendizagem, antes, durante e após o Ensino Remoto Emergencial. Na segunda fase, já em um momento “pós-pandêmico”, foi implementada uma intervenção, no formato de oficinas de leitura, escrita e (outras) tecnologias, concretizadas em formatos presencial e virtual, tendo a participação dos mesmos alunos da primeira fase e uma professora de Língua Portuguesa que atuou como colaboradora. Saliente-se que, nessa fase foram utilizados, de forma situada, diversos meios digitais, o que não inviabilizou, de modo algum, o uso de suportes físicos e analógicos. Como principais resultados pudemos identificar, de forma geral, que os professores e alunos apontam a relevância e a necessidade de maior inserção de tecnologias digitais nas práticas escolares (antes, durante ou após o período pandêmico). Contudo, são muitos os desafios enfrentados no contexto da escola pública, o que dificulta a integração da cultura do digital nas práticas docentes e discentes; ainda assim, acreditamos e confirmamos a potencialidade dos meios digitais (de forma contextualizada, em consonância com objetivos previamente definidos). Outrossim, concluímos que, junto a qualquer recurso material, do impresso ao digital que seja, não se pode esquecer que a principal tecnologia a ser inserida na relação ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa é a humana, a fim de promover cada vez mais o diálogo, a interação e a reflexão crítica entre os sujeitos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1551106 - SIMONE BUENO BORGES DA SILVA
Interno - 1857214 - JULIO NEVES PEREIRA
Externa à Instituição - ANA ELISA RIBEIRO
Externa à Instituição - MANOELA OLIVEIRA DE SOUZA SANTANA
Externa à Instituição - ÚRSULA CUNHA ANECLETO - UEFS
Notícia cadastrada em: 28/02/2024 19:13
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