OS CÍRCULOS DE LEITURA E NARRATIVA: UM DIÁLOGO LINGUÍSTICO INTERCULTURAL SOBRE EXPERIÊNCIAS DE VIDA E FORMAÇÃO
Círculos de leitura. Narrativa. Diálogo. Interculturalidade. Experiências. Formação.
Na presente tese intitulada “Os círculos de leitura e narrativa: um diálogo linguístico intercultural sobre experiências de vida e formação”, investiga-se sobre as contribuições dos círculos de leitura e narrativa desenvolvidas por organizações da sociedade civil. Esta pesquisa centra como objetivo, a análise das representações socioculturais temático-categorias, presentes nas abordagens metodológicas inovadoras narrativo-leitoras. Nesse sentido, pretende-se compreender, a partir das teorias da sociolinguística, análise crítica do discurso, pesquisa narrativa e etnometodologia, o funcionamento dos dispositivos metodológicos que constroem a práxis pedagógica utilizada pelos educadores nas ações circulares de narração e leitura. Desse modo, a sistematização metodológica do trabalho será construída com enfoque no método fenomenológico-hermenêutico, caracterizada pela sua finalidade descritivo-aplicada, por meios bibliográfico-documentais, com ênfase na abordagem da pesquisa qualiquantitativa, alicerçada nos seguintes instrumentos: a) entrevista narrativa; b) histórias de vida e c) questionários estruturados. Como subsídio para as análises propostas nesta tese, escolhemos para fundamentação e revisão teórica autores com pertinências temáticas, com os seguintes campos teóricos referentes: conceitos teóricos relacionados a epistemologia e dialogismo a partir dos círculos de leitura de Yunes (1999) e Chambers (2008), paralelamente, aos círculos epistemológico-culturais de Freire (1967). Na esfera teórica da leitura, elegemos os estudos de Coracini (1995), Goodman (1976) e Gogh (1972), conjuntamente às propostas de mediação em leitura de Cerrillo, Larrañaga e Yubero (2002) e Orlandi (1988). Além disso, no campo da narrativa, selecionamos as teorias dos círculos de performance de Schechner (2002), a noção teórica da narração metafórica de Pimentel (1990) e os estudos das inferências socioculturais de Rickheit, Schnotz e Strohner (1985), assim como as teorizações a respeito das comunidades de prática e comunidades discursivas propostas por Lave e Wenger (1991) e Swales (1987). No campo intercultural, analisamos as pesquisas de Estermann (2010) e Walsh (2006), atreladas às concepções de interação linguística, representadas nos estudos de Bazerman (2006) e Marchuschi (1985). Por fim, averiguamos as teorias da pedagogia crítica de Giroux (2011) e Shor (1992), além do pluriversalismo de Ramose (2010)