A RETOMADA ANAFÓRICA POR PRONOME CLÍTICO ACUSATIVA DE TERCEIRA PESSOA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
Retomada anafórica, Pronome terceira pessoa, Clítico, Traços.
Este trabalho tem como objetivo verificar e descrever as ocorrências de retomada anafórica dos pronomes clíticos acusativos de terceira pessoa, a partir de seus contextos semânticos (definitude, animacidade, especificidade) e sintáticos (modo verbal, tempo verbal e posição do clítico). Primeiramente, trazemos uma abordagem sobre os pronomes clíticos na retomada de terceira pessoa no português brasileiro, mostrando os pressupostos teóricos que contribuem para a nossa análise, também abordamos e discutimos a visão de
alguns autores acerca dos tipos de retomadas anafóricas e dos traços analisados nesta pesquisa. O presente trabalho teve como ponto de partida a hipótese de que a realização de pronomes anafóricos de terceira pessoa está ligada à leitura definida e específica de seus antecedentes, já observada em trabalhos anteriores (cf. CERQUEIRA, 2015; OTHERO E SPINELLI, 2017; CARVALHO, 2008). Foi feito um levantamento da estratégia de
retomada anafórica do clítico acusativo de terceira pessoa em PB, observando o comportamento semântico e sintático do pronome clítico e seu antecedente/ referente através da montagem de um banco de dados, coletados nas redes sociais, como o Facebook, Twitter e Instagram. Logo após fizemos uma analise quantitativa, através do Studio R, com a finalidade de verificar se os traços semânticos e sintáticos são relevantes para a escolha da estratégia de retomada anafórica por pronome clítico acusativo. Após a análise dos dados, pôde-se constatar que o traço modo/forma verbal e fonte são significantes para a retomada dos pronomes clíticos de terceira pessoa no PB, já os traços semânticos não se mostram relevantes para o fenômeno.