Banca de DEFESA: LAYZA QUEIROZ SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LAYZA QUEIROZ SANTOS
DATA : 11/03/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet - https://meet.google.com/vkv-ccgq-dha
TÍTULO:

"No sangue, na raça e na cor": as mulheres quilombolas na origem, construção e defesa de seus territórios. 


PALAVRAS-CHAVES:

Quilombos, Mulheres quilombolas, territorialidade, colonização


PÁGINAS: 122
RESUMO:

Para compreender o Brasil e sua formação territorial é preciso falar dos quilombos e das resistências empreendidas desde os tempos da escravização e colonização.   Durante todo o período colonial, as lutas de negras e negros pela libertação se fez presente a partir de diversas estratégias, sendo a formação dos quilombos a de maior expressividade histórica. Os quilombos imprimiam fissuras no sistema não só porque ameaçavam sua estabilidade econômica, mas porque também expressavam outras possibilidades de vida para as pessoas escravizadas. Por isso,  a história das pessoas negras precisa ser contada não apenas a partir das violências da escravidão, mas também das resistências construídas pelas pessoas negras. Essa é uma leitura que subverte o lugar atribuído pelo racismo e patriarcado às pessoas negras nas narrativas hegemônicas sobre a escravidão. Essa história precisa ser contada a partir das lentes dos estudos raciais e feministas, reconhecendo não só o lugar das mulheres nela, como também de que forma elas foram determinantes para as lutas travadas pelos quilombos, de ontem e de hoje. Nesse sentido, existe uma história pouco explorada nos estudos feministas e nos estudos sobre quilombos sobre as mulheres enquanto fundadoras de diversos territórios no Brasil. Dezenas (e talvez centenas) de quilombos foram fundados após lutas protagonizadas por mulheres. Compreender esse processo tem o potencial não apenas de visibilizá-las, como também de recontar e reconstruir a proporia história. Para além de fundadoras, contudo, há um poderoso debate que vem sendo trazido pelas mulheres quilombolas que diz respeito ao papel das mulheres na manutenção dos quilombos. Muitas mulheres são hoje não apenas lideranças políticas de seus territórios, mas também peças fundamentais para a preservação da cultura, identidade, memoria, saúde, educação e pela manutenção da vida do quilombo. Falar de territorialidade quilombola é, portanto, também falar de um protagonismo de mulheres. Retirar esse debate da invisibilidade é fundamental para romper com a injustiça epistêmica que não reconhece as mulheres quilombolas e suas lutas como estruturais na construção e manutenção dos quilombos.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2584575 - ROSANGELA JANJA COSTA ARAUJO
Interno - 2201820 - CLOVES LUIZ PEREIRA OLIVEIRA
Externa à Instituição - CRISTIANE DE ASSIS PORTELA - UnB
Notícia cadastrada em: 11/03/2022 10:53
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