Banca de DEFESA: ALESSANDRA SANTOS DE ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALESSANDRA SANTOS DE ALMEIDA
DATA : 06/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: https://www.youtube.com/watch?v=7hOwpG4qH2c
TÍTULO:

MOVENDO-SE ENTRE AS FLORES DO ASFALTO: mobilidade urbana e a saúde mental de mulheres negras em Salvador na pandemia da covid-19


PALAVRAS-CHAVES:

Mulheres negras, Mobilidade Urbana, Saúde Mental, Psicologia de Trânsito, Feminismo Negro, Violência Institucional contra mulheres, Empatia. 


PÁGINAS: 118
RESUMO:

Falar sobre mulheres é uma escolha que passa por dentro das dores da gente, é lamber as feridas abertas a gerações, é olhar os pés calejados das ancestrais, os lombos pesados das nossas iguais, acalmar úteros enfurecidos pelas violações, bocas costuradas, lágrimas secas, almas manchadas, mas, sobretudo, é saber que cada cicatriz é uma escrita eminentemente política. Este trabalho buscou  lançar luz sobre uma questão do cotidiano de mulheres negras trabalhadoras que usam transporte público num contexto de crise sanitária e social. Com a pandemia da COVID19 acresceram-se as dificuldades econômicas e sociais e os episódios de violência contra as mulheres foi exacerbado. O transporte coletivo foi considerado um dos espaços de maior transmissibilidade do vírus. Aliou-se a isto precipitação da crise do serviço, exibindo a fragilidade da política, suas características estruturalmente racista e sexista, bem como a ineficiência de garantir uma mobilidade socialmente acessível de qualidade. Partindo deste ponto de vista, os objetivos deste estudo foram compreender em que medida a atual Política de Mobilidade Urbana no Brasil, especialmente em Salvador, impactou na saúde mental de mulheres negras trabalhadoras de baixa renda, que durante a pandemia da covid-19 não puderam ficar em isolamento, pois, desenvolveram seus trabalhos formal ou informalmente, distantes de seus domicílios. Neste caminho nebuloso, mas também (por isto) inédito, Identificar as condições de mobilidade para um grupo de mulheres negras de baixa renda que permaneceram trabalhando fora de casa durante a pandemia da Covid-19 em Salvador; Analisar a percepção e vivências destas mulheres acerca das suas condições de mobilidade urbana; Mapear nas narrativas de mulheres negras trabalhadoras de baixa renda, suas opiniões sobre como a mobilidade urbana contribui para saúde mental em tempo de pandemia; Refletir sobre mobilidade socialmente acessível e o direito das mulheres a cidade. Trata-se de uma Pesquisa Narrativa, a partir de epistemologias Feministas, que se apoia em estudo bibliográfico para construir o arcabouço teórico no qual se interseccionam raça, gênero, território, classe social como determinantes sócio econômicos da saúde mental. Mulheres-flores puderam expressar suas vozes silenciadas pela naturalização do sofrimento social através de suas narrativas sobre mobilidade urbana, cujos elementos analisados levaram a violência institucional contra as mulheres, perpetrada pela ineficiência da política, pela insegurança, pela presença constante do assédio sexual, pela violência psicológica como recurso silenciador e as micro agressões racial de gênero cotidianas. A partir de suas vozes ativas foi possível concluir afirmando a relação entre mobilidade, transporte público e saúde mental de mulheres negras e a urgência deste debate para a psicologia no Brasil e para as políticas sociais e de gestão pública.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2162647 - DARLANE SILVA VIEIRA ANDRADE
Interna - 1674210 - MARCIA DOS SANTOS MACEDO
Externa ao Programa - 1348502 - ILCE MARILIA DANTAS PINTO
Externa à Instituição - PAULA RITA BACELLAR GONZAGA - UFMG
Notícia cadastrada em: 26/11/2021 10:34
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