Banca de DEFESA: LUCIANA CRISTINA TEIXEIRA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCIANA CRISTINA TEIXEIRA DE SOUZA
DATA : 18/12/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO:

O PATRIARCADO DESLOCADO: Invisibilidade das Violências Intrafamiliares Praticadas por Filhos/as contra suas Mães


PALAVRAS-CHAVES:

ordem patriarcal de gênero; violências intrafamiliares; relação mãe-filha/o; políticas públicas; agenciamento feminista.


PÁGINAS: 225
RESUMO:

A partir da análise das violências intrafamiliares não-conjugais, defendo a tese de que pode haver um patriarcado deslocado nas relações entre mãe e filha/o. O deslocamento é operado em três frentes, a saber: a) no campo conceitual; b) nos papéis sociais dos sujeitos do patriarcado e c) no surgimento/visibilidade de outros/as sujeitos/as e outras violências domésticas. Em relação ao primeiro aspecto, há uma sofisticada e intensa mobilização teórica por parte das feministas que têm empreendido esforços no sentido de despatriarcalizar o conceito de patriarcado. Neste movimento são agregadas categorias de análises e noções conceituais intersectadas cuja intenção é explicar a complexidade do fato social real-concreto na atualidade, bem como desvendar as novas configurações da ordem patriarcal ainda fortemente presente na sociedade ocidental. A análise, portanto, imprescinde de novas clivagens e rupturas. No que se refere aos papeis sociais dos sujeitos e sujeitas do patriarcado, deslocar significa problematizar o sujeito patriarcal tido como universal, cristalizado na imagem da relação heterossexual entre o patriarca homem-pai (sujeito que domina e agride) versus a mulher-mãe (subalternizada e vítima passiva receptora de violências). Por fim, o último deslocamento – e o mais importante desta pesquisa – está relacionado à necessidade de perceber outros sujeitos e outras violências domésticas. Nele, as práticas abusivas rompem com o contrato social estabelecido na ordem patriarcal familiar tradicional e os filhos ou filhas tornam-se perpetradores/as de violências contra suas mães que, por sua vez, reagem e agenciam tal condição. Para essa análise, lancei mão de fontes bibliográficas, cartográficas e revisão de literatura. Ademais, utilizei a base empírica de modo a demonstrar as teorias apresentadas. A análise foi parcial, ancorada somente nas narrativas de mulheres-mães em situação de violência familiar não-conjugal. Foram realizadas sete entrevistas semiestruturadas com mulheres de distintas localizações de classe, raça, geração, nível de escolaridade, ocupação espacial atual e outros marcadores sociais emergentes na investigação em campo, estruturais ou circunstanciais, como procedência/origem geográfica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 002.354.075-34 - ALDA BRITTO DA MOTTA - UFBA
Externo à Instituição - CECILIA MARIA BACELLAR SARDENBERG - UFBA
Interno - 1857342 - MARCIA SANTANA TAVARES
Externo à Instituição - TERESA KLEBA LISBOA - UFSC
Externo à Instituição - WÂNIA PASINATO - UNICAMP
Notícia cadastrada em: 02/12/2020 08:33
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