ADESÃO E TRAJETÓRIA DAS DISCENTES NEGRAS NO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL DA UFBA
Mulheres negras. Serviço Social. Gênero. Raça. Feminismo negro.
Esta dissertação investiga a trajetória acadêmica das estudantes do curso de Serviço Social da UFBA e o modo como experienciam a universidade, através da exploração do processo de trajetória e permanência acadêmica com 13 estudantes negras do curso. E ao realizar esses levantamentos o racismo de gênero, bem como a condição socioeconômica das estudantes guiaram todos os debates desenvolvidos neste estudo. Ao realizar uma pesquisa acadêmica com recorte racial e de gênero, os resultados perpassaram pelos reflexos desses eixos de opressão, em virtude disso a pesquisa faz uso do levantamento histórico para compreender e explicar uma realidade atual possível de ser explicada através da história. A permanência foi algo bastante pontuado na pesquisa, o condição financeira impacta na estadia na universidade, recorrendo ao questionamento dessas relações socioeconômicas de caráter racial e de gênero, bem como a crítica sobre a efetividade dos programas de permanência da UFBA, o que reforça a importância do debate intersecional de gênero e raça no Serviço Social. Utilizo como orientação teórico-metodológica as entrevistas realizadas com 13 estudantes negras do curso de Serviço Social da UFBA, adotando o roteiro de entrevista como técnica de investigação composta por um conjunto de questões que são submetidas às pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas e etc. (GIL, 2008). Os levantamentos foram realizados para desvendar as questões que perpassam a vida acadêmica, pessoal e coletiva dessas estudantes.