MULHERES NEGRAS NA DANÇA BRASILEIRA E SUAS IMAGENS
(Invisibilidades – Hipervisibilidades)
Dança, mulheres negras, invisibilidades , hipervisibilidades
Reivindicar a visibilidade de mulheres negras na dança contemporânea brasileira é o interesse maior dessa escrita. Procuro compreender como somos vistas neste campo, como nos percebemos, onde as marcas do racismo se fazem presentes e constituem uma necessidade de libertação que podem vir a transformar as relações nos espaços artísticos. Para tanto, parto da reelaboração da minha existência a partir de lembranças e imaginações vividas e ou criadas que, conectadas com existências de mulheres negras que buscam romper com a colonialidade artística, em especifico, no campo da dança, e forjar outros modos/mundos de estar visível nas danças. Se faz necessário então, reivindicar a humanidade de pessoas negras em diáspora brasileira e ainda mostrar que se estamos nesse espaço que se apresenta entre a invisibilidade para a hipervisibilidade é porque o campo da dança em toda a sua diversidade ainda está com os pés fincados no racismo estrutural do Brasil. Autores como, Ani (1994). Mbembe (2018). Fanon(2008). Silva (2019). Arrutia (2001). Hurston (2021). Lorde (2019). Morrison (2019). Kilomba (2019) dentre outros, me ajudam a construir essas proposições.