Banca de DEFESA: HELDER HEMERSON LUKELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HELDER HEMERSON LUKELO
DATA : 31/05/2022
HORA: 15:00
LOCAL: online
TÍTULO:

Ser preto no Brasil: Representações Sociais de estudantes universitários africanos 


PALAVRAS-CHAVES:

ser preto, socialização, representações sociais, representação identitária


PÁGINAS: 101
RESUMO:

A presente dissertação de mestrado teve como objetivo investigar como se estruturam as representações sociais identitárias raciais em estudantes africanos lusófonos residentes no Brasil. Em síntese, pretende-se explorar os sentidos e significados do que é ser preto no Brasil e na África, entre estudantes universitários africanos que estão no Brasil. As representações sociais são compreendidas como sendo universo de opiniões, que podem ser compreendidas com um conjunto de ideias, opiniões, valores que um determinado grupo cria acerca de um determinado objeto social. Os teóricos da teoria das representações sociais (TRS) desenvolveram métodos próprios para identificar a estrutura de uma representação social. Das diversas técnicas de análise para contextualizar as práticas sociais, nesta pesquisa foram utilizadas as técnicas de análise prototípica, análise de similitude e análise Classificação Hierárquica Descendente (CHD. Trata-se, portanto, de uma pesquisa exploratória mista de cunho qualitativo e quantitativo, de abordagem ex-post-facto. Para alcançar os objetivos propostos, optou-se por uma amostra de conveniência, porém direcionada, usando método de bola de neve. A amostra foi composta por 161 universitários de graduação e pós-graduação, nascidos no continente africano, com idade variando entre 18 a 39 anos - média de idade de 26,47 anos. No tocante às representações sociais identitárias do que é ser preto no Brasil e em África. Os resultados indicaram que as estruturas das representações são claramente diferentes e opostas. Para os estudantes africanos, ser preto no Brasil é representado por expressões notadamente negativas, tais como:  ser pobre, sofrer racismo, ser discriminado, ser inferior, ladrão e ser forte, e ser preto na África foi associado a expressões positivas, como ser comum, ser africano, normal, forte, orgulho, identidade, ser humano, livre e resistência. Os resultados também indicaram que houve alta percepção de discriminação e ativação de emoções negativas e positivas, e que o tempo impacta de forma significativa. Desse modo, conclui-se que estas representações foram estruturadas por meio do contato social entre africanos e brasileiros que resultou na evidente identificação de pertença e de valorização do ingroup em detrimento do outgroup.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1856267 - ELZA MARIA TECHIO
Interno - 2376588 - YURI SA OLIVEIRA SOUSA
Externo à Instituição - MARCUS EUGÊNIO OLIVEIRA DE LIMA - UFS
Notícia cadastrada em: 31/05/2022 10:24
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