Banca de DEFESA: ADRIELLE DE MATOS BORGES TEIXEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ADRIELLE DE MATOS BORGES TEIXEIRA
DATA : 22/09/2020
HORA: 14:00
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/programa-de-pos-graduacao-em-psicologia-da-ufba
TÍTULO:

Tensões subjetivas e culturais na experiência identitária de ser um estudante universitário negro: a emergência de um Self Decolonial 


PALAVRAS-CHAVES:

Estudantes Negros. Experiências Universitárias. Processos de Subjetivação. Self Decolonial.


PÁGINAS: 255
RESUMO:

Esta pesquisa teve como foco as experiências vividas pelos estudantes negros na universidade
e as suas relações com o desenvolvimento psicológico. Seu propósito foi propiciar uma
discussão que ultrapassasse a comparação de desempenho acadêmico entre estudantes cotistas
e não cotistas, abrangendo as implicações do vivido em um contexto marcado pelo racismo
estrutural nos processos de subjetivação da pessoa negra. Deste modo, seu objetivo geral foi
analisar como estudantes negros negociam significações na construção do self nas suas
trajetórias universitárias. Para tanto, teve como objetivos específicos: 1) Conhecer como os
estudantes negros universitários compreendem suas experiências identitárias raciais e a
participação das vivências universitárias nesta compreensão; 2) Analisar como estudantes
negros universitários se relacionam com as múltiplas vozes que participam do seu processo
acadêmico-universitário e; 3) Identificar os recursos simbólicos e sociais utilizados por
estudantes negros para enfrentar dificuldades encontradas nas suas trajetórias universitárias.
Compreendendo que os processos de escolarização influenciam nos modos de subjetivação e
constituição de si, esta pesquisa baseou-se na tese de que as experiências universitárias podem
ensejar processos de transformação na compreensão que o estudante negro(a) possui sobre sua
própria experiência identitária racial. Estes processos, por sua vez, relacionam-se com novas
(re)construções semióticas e novos posicionamentos de si. Adotando como referencial teórico
a Teoria do Self Dialógico e a perspectiva da Psicologia Cultural Semiótica, realizou-se um
estudo de natureza qualitativa, a partir de três estudos de caso, utilizando como instrumento a
entrevista narrativa. As participantes foram estudantes autodeclaradas negras, matriculadas em
universidades públicas de Salvador/BA. A partir do material empírico analisado e considerando
que o Self, da forma como é compreendido pelas teorias euro-ocidentais (predominantes na
Psicologia), não contempla as especificidades de desenvolvimento psicológico daqueles que
não correspondem ao padrão de ser humano universal adotado por elas, foi proposta a
elaboração de um construto teórico que considere as especificidades de desenvolvimento da
pessoa negra, a saber: o Self Decolonial, isto é, um Self que, sendo dialógico, emerge quando
a pessoa negra, imersa em uma semiosfera marcadamente racista, acessa, interage e dialoga
com discursos e experiências contra-hegemônicos (seja através de estudos teóricos, seja através
do contato com pessoas e contextos), desencadeando novas configurações subjetivas que
levarão à uma nova experiência identitária racial.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1524745 - MARIA VIRGINIA MACHADO DAZZANI
Interno - 285400 - SONIA MARIA ROCHA SAMPAIO
Externo ao Programa - 627222 - MAGALI DA SILVA ALMEIDA
Externo à Instituição - JEANE SASKYA CAMPOS TAVARES - UFRB
Externo à Instituição - RAMON CERQUEIRA GOMES - IFBA
Externo à Instituição - RODNEI WILLIAM EUGÊNIO
Notícia cadastrada em: 08/09/2020 10:10
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