Banca de DEFESA: POLLYANA SILVEIRA DE ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : POLLYANA SILVEIRA DE ALMEIDA
DATA : 27/09/2019
HORA: 10:30
LOCAL: Sala 02 do Programa de Pós-Graduação em Psicologia
TÍTULO:

Trançar e tecer a feminilidade na adolescência: uma construção de caso clínico em psicanálise


PALAVRAS-CHAVES:
Adolescência; feminilidade; sexuação; identificação; sintoma.


PÁGINAS: 125
RESUMO:

Esta dissertação surge no campo de saberes sobre a adolescência a qual seria uma espécie de espaço de fronteira entre a infância e vida adulta que comporta algumas especificidades no que concerne à estruturação subjetiva, sendo frequentemente associada a um mal-estar psíquico diante das convocações relativas ao corpo em transformação, à sexualidade e ao laço social. Nesse campo discursivo, a psicanálise de Freud e Lacan entra no debate com a contribuição sobre o sujeito adolescente em uma perspectiva que permite fazer um cruzamento entre o que há de estrutural desse processo de transição e as respostas singulares de cada um aos impasses que advém daí. O sujeito adolescente se depara, em muitos níveis, com a questão “quem sou eu?”, que se desdobra na tensão entre as gerações, no manejo da imagem corporal e no despertar da sexualidade, além das demandas do Outro social. Diante dessas diversas convocações, elejo como recorte de estudo a sexuação, em especial, o que toca à feminilidade como aquilo que aponta para uma impossibilidade lógica de completude entre os sexos. Essa escolha veio da prática clínica na qual têm sido frequentes narrativas que tratem desse embaraço. Dizer-se mulher implica nos traços de identificação que um sujeito tomou de empréstimo do Outro, mas assim como a partícula “eu”, “mulher” ou “homem” são significantes que indicam a posição de um sujeito e somente um, não sendo, portanto, generalizáveis. Além disso, esses traços identificatórios, não encerram a questão. Algo escapa porque as “escolhas” não se dão inteiramente no campo da consciência, sobretudo àquelas na sexuação. Se a anatomia não é suficiente e a identificação comporta contradições, então como explicar a identidade sexual e a escolha de objeto? Frente a isso o sintoma aparece muitas vezes como tentativa de elaboração. Isso posto, no entrelaçamento da adolescência demais conceitos eleitos como fundamentais, esta dissertação tem como pergunta central: Como a feminilidade está implicada nas respostas sintomáticas singulares do sujeito adolescente? Para tanto, propus como objetivo geral: Investigar as escolhas do sujeito adolescente na sexuação a partir da estratégia metodológica de construção de caso clínico orientada pela ética da psicanálise. Como objetivos específicos: (1) Discutir o tratamento dado pela psicanálise à temática da adolescência no tensionamento entre o singular e o universal; (2) Abordar a diferença sexual em psicanálise e suas implicações no tempo lógico da adolescência; (3) Examinar, no que se decantou do percurso de uma análise, os traços identificatórios que dizem respeito ao posicionar-se na sexuação enquanto mulher; (4) Analisar como estão articulados o sintoma do sujeito adolescente, suas identificações e os impasses da feminilidade. A pesquisa a partir da construção do caso clínico pode fornecer elementos importantes para um debate crítico à universalização da adolescência, além de poder agregar subsídios tanto ao campo de saberes diversos sobre a adolescência, quanto à própria psicanálise, já que é partindo do fazer clínico que a teoria é convocada a relançar as questões que se atualizam na contemporaneidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1413155 - ANDREA HORTELIO FERNANDES
Externo ao Programa - 1560720 - SUELY AIRES PONTES
Externo à Instituição - ROSANE BRAGA DE MELO - UFRRJ
Notícia cadastrada em: 20/09/2019 10:59
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