DO EVOLUCIONISMO DARWINIANO À PSICANÁLISE
FREUDIANA
Psicanálise; Teoria da evolução; Biologia Evolutiva; Charles Darwin;
Sigmund Freud
O presente estudo visa sistematizar e analisar, através de duas revisões da literatura
nacional, evidências científicas que relacionam o evolucionismo darwiniano à práxis
psicanalítica, conforme concebida por Sigmund Freud. A dissertação é apresentada em
formato de dois artigos independentes e interconectados pelo objeto, a saber, a presença
do evolucionismo darwiniano na psicanálise freudiana. Ressalta-se a importância desta
discussão na literatura psicanalítica e em suas conexões, visto seu carater fundante para a
compreensão das bases epistemológicas da psicanálise. O trabalho divide-se em dois
objetivos, cada um deles remetido respectivamente a cada um dos dois artigos: a)
identificar e contextualizar evidências e impacto do evolucionismo darwiniano na obra
de Sigmund Freud, na literatura especializada nacional nas últimas duas décadas, por
meio de uma revisão sistemática b) investigar, também na literatura nacional, a discussão
sobre os conceitos freudianos e sua relação com a teoria da evolução darwiniana. Como
resultado do primeiro artigo, indica-se que a relação entre o evolucionismo darwiniano e
a psicanálise freudiana perpassa por dois domínios: presença do evolucionismo
darwiniano e modelo evolucionista na formação acadêmica e na formalização da obra de
Freud; 2) presença do evolucionismo darwiniano como um recurso. Como resultado do
segundo artigo, destacam-se dois conceitos. O conceito de Trieb, objeto de grande atenção
na maior parte dos estudos coletados, apresenta-se como senda valiosa para a interlocução
conceitual entre a biologia evolutiva e a psicanálise. O segundo conceito, pulsão de morte,
também tem destaque, embora mereça mais investimentos de pesquisa. Todas essas
perspectivas caminham desde as publicações de Freud em sua relação com Darwin a
novas formas de pensar a incidência do solo evolucionista na constituição da psicanálise.