AS PRÁTICAS LÚDICAS E A CONSTRUÇÃO DE CULTURAS LÚDICAS ENTRE ADOLESCENTES VINCULADOS A UMA INSTITUIÇÃO DE APOIO AO PACIENTE ONCOLÓGICO: UMA LEITURA APOIADA NA TEORIA BIOECOLÓGICA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Adolescentes, Desenvolvimento, Câncer, Ludicidade, Cultura Lúdica
Esta pesquisa explorou as Práticas Lúdicas de um grupo de adolescentes em uma instituição de apoio ao paciente oncológico, com o propósito de compreender seu papel no desenvolvimento. Embasada na Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano (TBDH), a pesquisa definiu as Práticas Lúdicas como processos proximais, destacando-as como interações específicas na relação pessoa-contexto. Ao considerar os adolescentes como sujeitos em desenvolvimento, a tese buscou entender suas ações lúdicas, ampliando a visão do lúdico como componente do desenvolvimento, formador de culturas lúdicas. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, de abordagem exploratória, em modo descoberta, apresentando, ao longo de três estudos interconectados, a relação sinérgica dos componentes Processo, Pessoa, Contexto e Tempo (PPCT) e adaptando-se aos desafios impostos pela pandemia de COVID-19. A pesquisa envolveu 20 adolescentes vinculados ao Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC/BA). Os dados empíricos foram alinhados à TBDH, resultando na construção do argumento teórico das Práticas Lúdicas Promotoras de Desenvolvimento (PLPD); na análise da configuração de culturas lúdicas em sistemas significativos, mediadas em ambiências digitais; e na produção de uma cartilha orientativa sobre os papéis dos contextos ecológicos junto aos adolescentes com câncer. A tese destaca os adolescentes como agentes ativos e criativos em seu desenvolvimento, capazes de agir ludicamente mesmo em condições adversas, e propõe as Práticas Lúdicas também como eixo motriz do desenvolvimento, na análise de relações pessoa-contexto dos estudos que envolvam a ludicidade no desenvolvimento adolescente.