FUNÇÕES EXECUTIVAS, ESTILOS E ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM EM UNIVERSITÁRIOS
Funções executivas; estilos de aprendizagem, estratégias de aprendizagem
A aprendizagem é um processo mental complexo que depende de uma diversidade de fatores para que se efetive (Pozo, 1996). Dessa forma, a interpretação das diferenças encontradas nos alunos durante o processo de aprendizagem e nos resultados alcançados conduziu à conscientização da existência de diferentes estilos de aprendizagem e da sua influência na forma como cada indivíduo compreende a realidade e se apropria e processa as informações de forma a transformá-la em conhecimento (Dunn e Dunn, 1992; Kolb, 1984; Sadler-Smith, 1998). De acordo com a demanda requerida, cada estilo de aprendizagem realiza uma combinação de atividades, também denominadas como estratégias de aprendizagem (Boruchovitch, 1999). As Funções Executivas (FE) são fundamentais para o desempenho de atos complexos e desempenham um papel em todos os processos, visto que, incluem a capacidade de planejar, sequenciar, iniciar e organizar ações, estabelecer prioridades, orientar o comportamento, manter o foco diante da distração, mudar estratégias, e inibir as respostas conforme necessário (Armengol & Moes, 2014). O presente estudo teve como objetivo principal identificar os estilos e estratégias de aprendizagem em universitários e analisar a relação desses constructos com as Funções Executivas. O estudo empírico I buscou analisar os estilos e estratégias de aprendizagem mais utilizados pelos universitários, sendo o estilo acomodador o encontrado com maior frequência (39,58%) representado por alunos que aprendem agindo e sentindo, e uma tendência preferencial no uso das estratégias de autorregulação social (79,5%), ou seja, participantes que tendem a ter ações que promovem a relação com o outro objetivando o próprio aprendizado, como por exemplo, o estudo em grupo. O estudo empírico II propôs analisar a relação entre as Funções executivas com os estilos e estratégias de aprendizagem em universitários, resultando na inexistência de relação estatísticamente significativa entre os constructos.