Banca de DEFESA: MAÉLLI ARALI LIMA RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAÉLLI ARALI LIMA RODRIGUES
DATA : 26/08/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO:

NARRATIVAS INSURGENTES DE MULHERES NEGRAS LÉSBICAS ACERCA DOS EFEITOS DAS DISCRIMINAÇÕES EM SEU BEM-ESTAR SUBJETIVO


PALAVRAS-CHAVES:

Mulheres negras lésbicas. Identidade social. Discriminações. Bem-estar subjetivo.


PÁGINAS: 113
RESUMO:

Para entender a realidade social que as mulheres negras lésbicas vivenciam no Brasil, é preciso situar o quanto os processos sócio-históricos ainda estão vinculados à estereótipos, preconceitos e discriminações que reforçam estruturas de desigualdade e exclusão social. Logo, por meio desse estudo buscou-se evidenciar como se constitui a identidade das mulheres negras lésbicas, explorando as percepções que as entrevistadas possuem acerca das discriminações presentes no seu dia a dia e de que forma se associam ao seu bem-estar subjetivo. Nesse sentido, a literatura científica brasileira ainda carece de pesquisas que abordem a multiplicidade de categorias identitárias dessas mulheres, sobretudo na área da psicologia social. Para ilustrar, os estudos encontrados mostram que a depressão, os transtornos de ansiedade e o suicídio acometem em maior número a população LGBTQI+, quando comparado à população heterossexual e cisgênero, sendo algumas das causas a LGBTfobia, exclusão familiar e vulnerabilidades sociais acometidas. Assim, para a realização dessa investigação foi essencial articular as lentes teóricas do feminismo negro acerca da interseccionalidade junto a algumas teorias da psicologia social acerca da identidade social e das discriminações, e da teoria da psicologia positiva sobre bem-estar subjetivo. A abordagem metodológica utilizada foi qualitativa, descritiva e exploratória, participaram ao todo 6 mulheres negras (pretas e pardas autodeclaradas), lésbicas, brasileiras e que compartilharam suas vivências por meio do questionário sociodemográfico e da entrevista narrativa episódica. Os resultados alcançados, por meio da análise temática, apontam como as discriminações produzem efeitos que geram sofrimentos emocionais e insegurança social, por outro lado, as estratégias individuais e coletivas de enfrentamento são destacadas pelas entrevistadas como recursos de promoção de autoestima e fortalecimento do pertencimento grupal. Nota-se com as narrativas das participantes o quando a psicologia social pode colaborar para a compreensão e valorização não apenas das múltiplas categorias de pertencimento identitário e seus entrelaces com os fenômenos grupais, mas como o racismo e lesbofobia podem trazer várias consequências para a vida dessas mulheres. Evidencia-se a necessidade latente de se pensar em possibilidades de trazer mais visibilidade para as demandas sociais e psicológicas dessas mulheres. Investindo-se no diálogo entre a psicologia social e as políticas públicas, como meio de promover qualificação profissional e melhorias no bem viver dessas mulheres.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1856267 - ELZA MARIA TECHIO
Interna - 2422906 - JULIANA PRATES SANTANA
Externa à Instituição - PAULA RITA BACELLAR GONZAGA - UFMG
Notícia cadastrada em: 23/08/2022 09:02
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