Biossíntese de nanopartículas de prata pelo fungo endofítico Phyllosticta capitalensis
Biossíntese, nanopartículas de prata, fungo endofítico, Phyllosticta capitalensis.
A nanotecnologia é uma área de pesquisa multidisciplinar que engloba biologia, física, química e engenharias para o desenvolvimento, manipulação e aplicação de materiais na escala nanométrica. Embora as nanopartículas metálicas possam ser sintetizadas utilizando uma variedade de processos físicos e químicos, estes podem apresentar algumas desvantagens. No entanto, a síntese biológica ou biossíntese de nanopartículas elimina os problemas ocasionados pelos métodos convencionais, proporcionando a obtenção de nanopartículas ambientalmente amigáveis. A biossíntese de nanopartículas é caracterizada pelo uso dos mais diversos sistemas biológicos. Contudo, os fungos são os candidatos mais eficientes para a fabricação de nanopartículas metálicas intra e extracelulares. O objetivo desse trabalho é sintetizar e caracterizar nanopartículas de prata através do fungo endofítico Phyllosticta capitalensis isolado da Pyrostegia venusta e comparar duas metodologias de síntese, utilizando o fragmento micelial e a biomassa fúngica. Os resultados mostraram que somente a metodologia I - biomassa fúngica tem a capacidade de sintetizar as nanopartículas. Esse fato foi confirmado através da mudança de coloração após 72 horas da adição do nitrato de prata e a presença da banda de absorção na região de 400 nm. As nanopartículas de prata formadas apresentaram formas esféricas, tamanho médio de 51,33 nm e potencial zeta de -22,5 mV. Através da espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier foram detectadas bandas correspondentes à vibrações de álcool, metileno, amina, éster, resíduo de nitrato, amina alifática, fosfato e hidrocarbonetos aromáticos. Esses resultados mostram que a utilização do filtrado celular da biomassa fúngica do fungo Phyllosticta capitalensis em pH 9 é promissor para síntese de nanopartículas de prata.