Banca de DEFESA: DANIEL TERESKA SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DANIEL TERESKA SANTOS
DATA : 29/07/2019
HORA: 13:00
LOCAL: Instituto de Ciências da Saúde
TÍTULO:

MODELAGEM E PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE PRODUZIDO POR Psedomonas aeruginosa EM MEIO DE CULTURA CONTENDO RESÍDUOS DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO


PALAVRAS-CHAVES:

Ramnolipídeo, Resíduos Petroquímicos, EOR, MEOR, Água produzida, glicerina bruta, Pseudomonas aeruginosa.


PÁGINAS: 86
RESUMO:

Os ramnolipídeos são biossurfactantes produzidos por bactérias do gênero Pseudomonas, que apresentam propriedades de reduzir as tensões superficial e interfacial, além de emulsificar duas fases insolúveis. Tais bioativos apresentam vantagens quando comparados aos surfactantes obtidos por via química por serem de mais fácil degradação no ambiente, apresentarem baixa toxicidade e poderem ser produzidos a partir de substratos renováveis. Apesar das diversas vantagens dos biossurfactantes em ralação aos surfactantes de origem química, o uso dos primeiros ainda não é muito praticado na indústria petroquímica, principalmente pelos altos custos de produção. Uma alternativa para viabilizar o processo consiste na utilização de resíduos industriais como a água produzida do petróleo e a glicerina bruta, ambos rejeitos da indústria petroquímica, o que além de reduzir os custos de produção, permite uma destinação aos resíduos, além de agregar valor a estes. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi produzir ramnolipídeo utilizando água produzida e glicerina bruta como substratos, viabilizando e otimizando o processo de produção deste bioativo. Para tal, se testou a água produzida de forma bruta e diluída, avaliou-se a influência da salinidade na produção de ramnolipídeo e por fim, otimizou-se o meio de produção em relação à fonte adicional de nitrogênio (onde as fontes NaNO3 e extrato de levedura foram testadas em concentrações variadas) e à fonte de carbono (testando diversas concentrações de glicerina bruta). Como resultados, observou-se uma baixa produção de ramnolipídeo com a utilização da água produzida, problema que foi contornado com um pré-tratamento do resíduo. A salinidade também demonstrou influência negativa na produção do biossurfactante, o que pôde ser verificado logo a partir da concentração de 2% (p/v) de NaCl. Na avaliação da adição de fontes de nitrogênio, não se notou diferenças significativas entre as melhores concentrações de NaNO3 e o extrato de levedura, porém, durante o estudo das propriedades físico-químicas da molécula obtida, como tensão superficial e interfacial, o extrato de levedura demonstrou ser a melhor opção, nos moldes do presente estudo. Quanto à fonte de carbono, a concentração de 25 ml/L de glicerina bruta propiciou produções de 9,33 g/L de ramnolipídeo, resultados bastante satisfatórios em comparação à literatura. A caracterização da molécula por FT-IR e espectrometria de massas demonstrou forte semelhança em relação à molécula produzida em outros estudos. Sendo assim, o emprego dos resíduos petroquímicos água produzida e da glicerina bruta na produção de ramnolipídeo nas condições estudadas se mostrou uma forma satisfatória à utilização desses resíduos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 6285556 - PAULO FERNANDO DE ALMEIDA
Interno - 3530637 - JOSILENE BORGES TORRES LIMA MATOS
Externo à Instituição - EDGARD BACIC DE CARVALHO - IFBA
Notícia cadastrada em: 24/07/2019 09:30
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