Banca de DEFESA: ARIELLE ARAUJO SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ARIELLE ARAUJO SANTOS
DATA : 25/02/2019
HORA: 13:30
LOCAL: Auditório da Congregação, 2º andar, Instituto de Ciências da Saúde, UFBA
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA, TÓXICA E ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS DE ALGAS MARINHAS


PALAVRAS-CHAVES:

Artemia salina, Diatomáceas, DPPH, Fenol, Rhodophyta.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

No cenário da bioprospecção de produtos naturais, as algas marinhas ganharam destaque devido à síntese de metabólitos bioativos estruturalmente complexos, oriundos principalmente do metabolismo secundário, aos quais são atribuídas propriedades biológicas diversas. Os objetivos do presente trabalho foram avaliar as atividades antimicrobiana e antioxidante, a toxicidade frente à náuplios de Artemia salina, assim como quantificar o teor de polifenóis e flavonoides totais dos extratos das rodofíceas Enantiocladia duperreyi (C.Agardh) Falkenberg e Amansia multifida J.V. Lamouroux, e das diatomáceas Thalassiosira pseudonana Hasle & Heimdal e Chaetoceros muelleri Lemmermann. As macroalgas foram coletadas em praias do litoral baiano e as microalgas foram cultivadas no Laboratório de Bioprospecção de Biotecnologia da Universidade Federal da Bahia. Foram preparados extratos por maceração em hexano, acetato e etanol. A atividade antimicrobiana foi avaliada pelo método de discodifusão em ágar (extratos nas concentrações de 10 e 100 mg/mL) e microdiluição em caldo (3,9 a 500 µg/mL) para seis bactérias e três fungos; a atividade antioxidante (AAO) foi avaliada pelo método de inibição do radical 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) nas concentrações de 0,045 a 3,0 mg/mL, as mesmas utilizadas para quantificar compostos fenólicos pelo método Folin-Ciocalteau. Flavonoides totais foram quantificados pela reação com cloreto de alumínio. Quanto à atividade antimicrobiana, no método de disco-difusão, os extratos de E. duperreyi (Saquaíra) inibiram o crescimento de seis microrganismos, e os de T. pseudonana inibiram o crescimento de quatro, com melhor desempenho dos extratos hexânicos. Na microdiluição, todos os extratos apresentaram atividade, e a concentração inibitória mínima (CIM) foi de 62,5 µg/mL do extrato etanólico de T. pseudonana para Micrococcus luteus. Cinco extratos apresentaram % AAO ˃ 50, sendo 81,32 ± 1,0% o maior percentual observado, atribuído ao extrato acetato de etila de E. duperreyi (Saquaíra). O maior teor de compostos fenólicos foi quantificado no extrato acetato de etila de E. duperreyi (Jauá), que também possui o maior teor de flavonoides. Quanto à toxicidade, apenas os extratos de T. pseudonana e E. duperreyi (Jauá) apresentaram baixa a moderada toxicidade. Os outros extratos foram atóxicos. Diferenças foram observadas entre as rodofíceas de mesma espécie coletadas em praias diferentes. O hexano e acetato de etila foram os melhores solventes para extrair compostos das algas. Como C. muelleri não apresentou atividade antimicrobiana na difusão em disco, e baixa atividade antioxidante, seria interessante testar outras formas de extração para esta espécie. Os resultados encontrados são promissores do ponto de vista biotecnológico, entretanto se faz necessária a realização de novos ensaios biológicos, e a caracterização fitoquímica desses extratos para posteriormente isolar a/as moléculas bioativas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARCOS DA COSTA SILVA - UNEB
Interno - 1674313 - SUZANA TELLES DA CUNHA LIMA
Externo à Instituição - VERA LUCIA COSTA VALE - UNEB
Notícia cadastrada em: 14/02/2019 14:25
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