Maia, um sopro na energia eólica: método de avaliação dos investimentos pelo arrendamento de terras
Energia eólica; Arrendamento de terras; Desenvolvimento rural; Desenvolvimento territorial.
Este trabalho surge da percepção do acelerado crescimento da geração de energia eólica, particularmente no semiárido baiano, e do vislumbre da possibilidade de os valores pagos pelas empresas geradoras de energia eólica pelo arrendamento de terras para implantação de aerogeradores serem um fator contribuinte para o desenvolvimento rural e, consequentemente, o desenvolvimento territorial. A metodologia utilizada foi uma pesquisa aplicada de Avaliação Formativa. Assim, foi desenvolvida uma Tecnologia de Gestão Social sob a forma de um método de avaliação dos investimentos pelo arrendamento nas propriedades rurais – MAIA, que permite, através de um instrumento de pesquisa elaborado com base em indicadores, aferir como a aplicação dos recursos (consumo e/ou investimento) recebidos pelos(as) proprietários(as) rurais, resulta em maior ou menor contribuição para o desenvolvimento da propriedade rural. O Complexo Eólico Alto Sertão II, o maior da América Latina, implantado pela Renova Energia, a partir de 2012, na região Centro-Sul da Bahia, foi escolhido para a testagem e a validação do método. Os resultados obtidos comprovaram a efetividade da Tecnologia de Gestão Social MAIA, tanto pela sua eficiência, testada, inclusive, em condições adversas geradas pela pandemia do Covid-19, quanto pela sua eficácia com a produção das informações necessárias e suficientes para a devida mensuração dos seus três objetos/critérios de análise (Cenário Familiar, Perfil do Proprietário e Estágio do Negócio), e o do Índice de Desenvolvimento pelos Arrendamentos – IDA, comparadas dentro do período 2012-2020.