Banca de DEFESA: ANA CAROLINA SILVA SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CAROLINA SILVA SANTOS
DATA : 29/11/2023
HORA: 09:50
LOCAL: Escola de Administração / Híbrido
TÍTULO:

GESTÃO COMPARTILHADA, AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO NA PENÍNSULA DE ITAPAGIPE: POR UMA CRÍTICA
ANTIRRACISTA À POLÍTICA DE SEGURANÇA 

PALAVRAS-CHAVES:

Segurança Pública. Enfrentamento ao racismo. Avaliação e monitoramento. Gestão Compartilhada.

PÁGINAS: 172
RESUMO:

Esta pesquisa resulta do desenvolvimento de uma proposta de instrumento de avaliação e monitoramento cidadão da segurança pública, com foco no enfrentamento ao racismo, a partir de uma gestão compartilhada entre poder público e sociedade civil, na Península de Itapagipe, em Salvador-Bahia. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa para a obtenção de dados e informações, admitindo a via quantitativa nas questões específicas e alinhada aos princípios da gestão social e da decolonialidade. Levamos em consideração os pressupostos: que o Estado é racista e expressa sua atuação violenta e repressiva principalmente sobre territórios negros e periféricos, através da política de segurança pública; o território da Península de Itapagipe é majoritariamente negro e vivencia as consequências desta atuação estatal, sobretudo o bairro do Uruguai, onde está instalada uma Base Comunitária de Segurança Pública; há um esforço deste mesmo Estado em promover uma política de segurança cidadã, com a previsão de participação comunitária e reconhecidos esforços dos gestores públicos neste sentido; o território se caracteriza por uma forte mobilização social e que tem criado mecanismos de diálogo entre a sociedade e o poder público; entendendo a avaliação e o monitoramento um caminho para enfrentar a problemática de uma perspectiva cidadã. Nesse contexto é que se configurou a questão de pesquisa: Como desenvolver um instrumento de avaliação e monitoramento comunitário da segurança pública na Península de Itapagipe de maneira articulada entre sociedade civil e poder público? Para respondê-la foram assumidos os objetivos específicos de entender como os agentes da segurança pública da Base Comunitária e a sociedade civil da Península de Itapagipe compreendem a segurança cidadã, a participação comunitária e o enfrentamento ao racismo na implementação da política de segurança nesse território e como se dão os processos de avaliação e monitoramento da política de segurança pública em Salvador. Do ponto de vista teórico-metodológico foram mobilizados conceitos teóricos, acesso a documentos públicos e legislações relacionadas aos temas segurança pública, racismo, decolonialidade, políticas públicas, avaliação e monitoramento, participação cidadã, gestão e tecnologia sociais. Foram realizadas 12 entrevistas semiestruturadas com informantes-chave da sociedade civil e da segurança pública, além da aplicação de questionários mistos aos policiais vinculados à Base Comunitária. Realizamos também Residência Social em Cali, na Colômbia, buscando entender as dinâmicas socioterritoriais de um território negro e periférico fora do Brasil, tecendo aproximações entre os dois países, a partir da realização de 7 entrevistas com atores sociais da Associação Cultural El Chontaduro, entidade receptora da residência. Os dados foram analisados e contribuíram com o resultado principal desta pesquisa, ou seja, a Tecnologia de Gestão Social de Desenvolvimento Territorial, ou seja, um instrumento de avaliação e monitoramento cidadão da política de segurança pública, através de uma gestão compartilhada entre sociedade civil e poder público, visando o enfrentamento ao racismo.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3196716 - ANA CRISTINA MUNIZ DECIA
Interna - 1978310 - TANIA MOURA BENEVIDES
Externo à Instituição - LUÍS CARLOS FERREIRA DOS SANTOS
Externa à Instituição - DENICE SANTIAGO SANTOS DO ROSÁRIO