Banca de DEFESA: MARCUS GABRIEL MIRANDA SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARCUS GABRIEL MIRANDA SANTOS
DATA : 07/05/2024
HORA: 14:00
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br/sala/leonardo-jorge-da-hora-pereira
TÍTULO:

A ontologia política de Hannah Arendt


PALAVRAS-CHAVES:

Ontologia política; Hannah Arendt; Fenomenologia; Existencialismo; Hermenêutica; Democracia; Martin Heidegger; Karl Jaspers; Edmund Husserl; Maurice Merleau-Ponty


PÁGINAS: 441
RESUMO:

Tendo em vista a busca por uma compreensão mais global e histórico-filosoficamente situada

do pensamento da filósofa e teórica política alemã Hannah Arendt, esta tese investiga os cami-
nhos pelos quais a autora empreende em sua obra, numa dinâmica consistente de apropriação

crítica das teses centrais que conformam as tradições filosóficas contemporâneas que direta-
mente a formaram enquanto pensadora, uma virada filosófica de amplas implicações ontológi-
cas. Temos, assim, como objetivo geral, tornar explícito como Arendt, partindo do entrecruza-
mento contemporâneo entre as tradições fenomenológica, existencialista e hermenêutica, con-
cebe uma ontologia fundamentalmente política, inserindo a categoria da pluralidade, central ao

seu pensamento, no seio do pensar filosófico, de modo a implodir seus alicerces tradicionais.
Mais do que uma ontologia regional da dimensão política da existência humana, Hannah Arendt
nos propõe uma filosofia fundada numa noção de ser constituída sempre desde a pluralidade
enquanto condição ontológica fundamental da existência humana. Nesse sentido, trataremos,
desde um primeiro momento, de encontrar o cerne ontológico e metodológico do pensamento
de Arendt em sua relação para com o pensamento de autores como Edmund Husserl, Martin
Heidegger, Karl Jaspers e Maurice Merleau-Ponty, dentre outros. Partindo, então, de um tal
enraizamento, buscaremos, centralmente, primeiro, conceber o modo propriamente arendtiano
de descrever fenomenologicamente o mundo que, em sua atualização cotidiana, a existência
humana, por assim dizer, abre para si. E, em seguida, tendo como pedra de toque a importante
distinção arendtiana entre verdade e sentido, proporemos uma interpretação sistematizadora do
núcleo da ontologia arendtiana em torno da compreensão das articulações estruturais do mundo
fenomênico e da dinâmica humana de significação do mesmo. Por fim, se fará o esforço por

compreender e trazer à tona, de modo indicativo, as relações profundas entre esse cenário radi-
calmente filosófico-ontológico e o panorama mais bem conhecido e vastamente estudado, ainda

que com resultados muitas vezes divergentes, do pensamento político arendtiano. Se farão no-
tar, nesse processo, os contornos de uma normatividade filosófica presente no pensamento de

Arendt que aponta para um entendimento da democracia como imperativo ontologicamente
fundamentado da existência humana.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2358689 - LEONARDO JORGE DA HORA PEREIRA
Interno - 1083320 - DANIEL TOURINHO PERES
Externa ao Programa - 1877538 - VANESSA SIEVERS DE ALMEIDA - UFBAExterno à Instituição - LUCAS BARRETO DIAS - IFCE
Externo à Instituição - PAULO EDUARDO BODZIAK JUNIOR - UFRN
Notícia cadastrada em: 26/04/2024 17:34
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