Banca de QUALIFICAÇÃO: BRENDA ARELLI URBINA BOLAÑOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRENDA ARELLI URBINA BOLAÑOS
DATA : 05/05/2022
HORA: 15:00
LOCAL: RPN
TÍTULO:

SOTAQUES CORPORAIS:
ESTUDOS DAS CORPAS-GUERRA

PALAVRAS-CHAVES:

Corpa, corpo, guerra, memoria, performatividade, decolonialidade, movimento, latinoamerica, memoria audiovisual

PÁGINAS: 124
RESUMO:

A presente pesquisa somático-performativa visa analisar e estimular o movimento mediante processos de criação nas artes cênicas, das corpas-guerra, aquelas corpas ameaçadas e em constante estado de alerta tanto como para o seu redor quanto para si mesmas. Este trabalho foi inspirado nas corpas de 7 artistas da cena que, mostraram como as representações do terror e/ou do medo, geraram uma performatividade no seu movimento, deixando uma marca ou, como se nomeia na presente pesquisa, “sotaque” na estética e poética das suas criações artísticas. O estudo começa no México no ano 2017 a partir da doação de 32 obras plásticas com os correspondentes depoimentos de artistas da cena de cada estado da república mexicana, os que pretendiam responder à pergunta “A violência em mim: como é o meu corpo-terror?”, e conclui no Brasil (2021) com um recorte de género nos mapeamentos das corpas de artistas latinas que pretendem sinalizar “Os cantos das minhas memorias nos tempos da guerra, do isolamento e da morte ”. Na presente pesquisa se consideram também processos criativos ao longo do mestrado produzidos em diversos laboratórios, os quais reforçaram a criação artística coletiva como procedimento de empatia e entendimento da própria vulnerabilidade e a colocaram como potência expressiva das próprias dores; é por esse motivo que a presente prática artística esta composta de cartografias, poemas, pensamentos, danças, relatos, músicas, opiniões e outras manifestações criativas e está organizado a modo de documentário escrito. A metodologia de trabalho utilizada envolve o entrelaçamento da prática artística com a pesquisa teórica; o aporte teórico deste projeto se sustenta a partir do conceito de trauma de Levine, a abordagem somático-performativa da Ciane Fernandes, e o entendimento da subordinação das corpas na cultura do medo e o terror, preponderando o conceito memento mori Ileana Dieguez (2016), vulnerabilidade e resistências da Judith Butler, políticas do necropoder Mbembe (2006) e estudos feministas de várias autoras em diferentes épocas, tais como Djamila Ribeiro, Liliana Mizrahí, Conceição Evaristo, Chimamanda Ngozi, Raquel Pastor, Lydia Cacho, entre outras.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2091873 - LEONARDO JOSE SEBIANE SERRANO
Interna - 1220052 - CIANE FERNANDES
Externa à Instituição - CLAUDIA FRAGOSO SUSUNAGA
Externo à Instituição - FERNANDO ANTONIO PINHEIRO VILLAR DE QUEIROZ