Banca de DEFESA: FERNANDA JULIA BARBOSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FERNANDA JULIA BARBOSA
DATA : 21/12/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Plataforma visual
TÍTULO:

TEATRO PRETO DE CANDOMBLLÉ: UMA CONSTRUÇÃO ÉTICO-POÉTICA DE ENCENAÇÃO E ATUAÇÃO NEGRAS


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-Chave: Teatro Negro. Candomblé. Processos Criativos. Encenação. Teatro Preto de Candomblé.


PÁGINAS: 262
RESUMO:

Esta pesquisa se inscreve em um contexto poético-reflexivo no cruzamento de três campos: Processos Criativos, Candomblé e Teatro. O objeto disparador são as aproximações, tensões, reflexões e problematização do binômio Candomblé-Teatro, estabelecida na trajetória poética da pesquisadora que, em mais de dez anos de prática teatral no cenário profissional, gerou nove montagens: Siré Obá – A Festa do Rei; Ogun – Deus e Homem; Oyaci – A filha de Oyá; Exu – A Boca do Universo; Kanzuá – Nossa Casa; Macumba – Uma Gira sobre poder; Traga-me a cabeça de Lima Barreto; Oxum; Pele Negra, máscaras brancas, todas derivadas da pesquisa cênica Ativação do Movimento Ancestral e que resultaram na criação do Teatro Preto de Candomblé. Nesse itinerário formativo e criativo, buscou-se realizar um estudo autoetnográfico sobre encenação e atuação negras e identificar e examinar como os cruzadores teóricos da cena – Ancestralidade, Afrocentricidade e Encruzilhada – aliam-se aos princípios orientadores da poética teatral da encenadora – Narrativas mito-poéticas, Teatro Ritual e Tradição na Contemporaneidade – e constituem a sua poética cênica. Nesse contexto, apresenta-se antes um breve estudo sobre ritualidade, antropologia e história do Candomblé e suas relações com o teatro por meio de uma abordagem compreensiva em diálogo com autores como Denise Carrascosa, Eduardo Oliveira, Leda Maria Martins, Luiz Rufino, Molefi Kete Asante, e o pensamento de Sotigui Kouyaté, Carlos Vaz, Peter Brook, Eugenio Barba, Inaicyra Falcão, Juana Elbein Santos, Marco Aurélio Luz, Luis Nicolau Páres e Renato da Silveira. A estes se somam entrevistas de artistas de referência do teatro brasileiro como Evani Tavares, Lucélia Sérgio, Iléa Ferraz, Lázaro Ramos, Ângelo Flávio, Zebrinha, Gustavo Melo, Luiz Marfuz dentre outros. Na pesquisa, cinco espetáculos são examinados à luz dos pressupostos do Teatro Preto de Candomblé:  Siré Obá – A festa do Rei; Oyaci – A filha de Oyá; Traga-me a cabeça de Lima Barreto; Ogun - Deus e Homem e Pele Negra, máscaras brancas, sendo este último, e mais recente espetáculo, e foco de convergência entre os processos criativos, os cruzadores teóricos e a poética da encenadora. Os  resultados apontam as correlações entre o Teatro e Candomblé e destacam os aspectos críticos e reflexivos na construção de uma ética  e poética negras, presentes nas práticas artísticas e cerimoniais.   


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 506.832.095-15 - EVANI TAVARES LIMA - UNICAMP
Interno - 1223119 - LUIZ CESAR ALVES MARFUZ
Externa ao Programa - 2326650 - DENISE CARRASCOSA FRANCA
Externo à Instituição - GUSTAVO MELO CERQUEIRA
Externa à Instituição - NOELI TURLE DA SILVA - UNIRIO
Notícia cadastrada em: 14/12/2021 09:09
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