Ética não é titica: formação da atriz no Esquadrão da Vida Quando o Coração Transborda.
Esquadrão da Vida. Quando o coração transborda. Ética teatral. Artes Cênicas.
Apresenta-se aqui uma reflexão sobre a ética do fazer teatral, a partir da vivência no grupo de teatro “Esquadrão da Vida”, fundado em Brasília, no ano de 1979, por Ary Pára-Raios, pai da autora, morto em 2003. A pesquisa advoga a ideia de que não há fazer teatral sem implicação ética que, por sua vez, é capaz de produzir experiências pessoais e sociais transformadoras. A dissertação foi escrita em forma de cartas para o pai, e descreve e analisa a história e trajetória do grupo e do processo criativo e encenação da peça “Quando o coração transborda”. Na carta-introdução, ideias sobre ética presentes no discurso de povos originários africanos e indígenas entremeiam-se ao contexto de produção do grupo que praticamente acompanhou o surgimento de Brasília. No primeiro capítulo-carta, o foco é o “Esquadrão da Vida”, seu nascimento, sua identificação com Brasília, sua história. O segundo capítulo-carta trata do processo criativo e da encenação do monólogo “Quando o coração transborda”, dirigido e encenado pela autora. No terceiro capítulo-carta, defende-se a importância do teatro feito com ética para um mundo diferente; a proposta é um manifesto ao teatro, neste tempo de pandemia.