CONFLITOS REAIS, SOLUÇÕES POSSÍVEIS: O TEATRO-FÓRUM E O PROJETO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA NO COLÉGIO ESTADUAL DONA LEONOR CALMON
Teatro do Oprimido. Teatro-Fórum. Prática de Ensino de Teatro. Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Nesta dissertação, discorremos sobre a técnica do Teatro-Fórum como um fazer teatral aplicado ao Ensino de Jovens e Adultos – EJA, do Eixo 7, Tempo Formativo II, no Colégio Estadual Dona Leonor Calmon, durante o ano letivo de 2018, com estudantes entre 18 e 70 anos. A metodologia (GIL, 1999) utilizada foi: quanto aos objetivos, exploratório-descritiva; quanto à natureza dos dados, qualitativa; quanto às fontes de informação e técnicas de coleta de dados, foram empregadas a revisão bibliográfica de autores como Turle (2014, 2016), Boal (1980, 1982, 1991, 1996a, 2004, 2009), Desgranges (2006), Freire (1987, 1996), Mattos et al. (2016), Sanctum (2016), Viana (2016), entre outros, e a pesquisa-ação (THIOLLENT, 1986). Para tanto, fundamentando-se na perspectiva transgressora da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, foram realizados exercícios e jogos de desmecanização do corpo e da mente com os estudantes, experimentando o Arsenal do Teatro do Oprimido de Augusto Boal e a construção de cenas modelos ou antimodelos do Teatro-Fórum, tendo o conflito como elemento fundamental, contextualizado em duas palavras: opressor x oprimido. Os resultados apontaram que a técnica do Teatro-Fórum pode ser um instrumento de libertação da consciência de mundo dos estudantes envolvidos, pois emergem a voz e a liberdade para que os educandos criem suas próprias estéticas artísticas durante o percurso do ensinar, fazer, refletir e contextualizar.