Banca de QUALIFICAÇÃO: FABRÍCIO MATHIAS CASTELLO BRANCO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABRÍCIO MATHIAS CASTELLO BRANCO
DATA : 10/04/2023
HORA: 10:00
LOCAL: remota
TÍTULO:

Da Lapa ao Pelourinho: onde vive a Malandragem? O surgimento do personagem Malandro e sua comparação nas obras Dona Flor e seus dois maridos, de Jorge Amado e A Ópera do Malandro de Chico Buarque


PALAVRAS-CHAVES:

Malandro. Malandragem. Teatro. Literatura. Dramaturgia. Rio de Janeiro. Salvador. Personagem. Boêmia. Ordem e Desordem. Público e Privado.


PÁGINAS: 182
RESUMO:

A partir de uma provocação urbana surge o questionamento acerca do típico personagem na dramaturgia nacional. Existe tal interlocutor, capaz de dar uma identidade a produção teatral de um modelo a ser replicado? A pesquisa se propõe a responder o questionamento através de um extenso aprofundamento literário, buscando desde os primeiros registros até o desaparecimento de tal personagem. O malandro é o centro dessa dissertação e toda sua trajetória desde seu surgimento em uma Península Ibérica até sua perfeita inserção nos trópicos. Cooptado pelo comportamento brasileiro, sua difusão será amplamente abordada pelo teatro e pela literatura. Através de registros de sua circulação, identificam-se duas cidades como sendo ocupadas por sua figura. Nomeadamente, Rio de Janeiro e Salvador, cidades onde essa investigação se aplica através da observação cotidiana e inserção boêmia. A ocupação de duas cidades litorâneas de comportamentos distintos lega ao malandro a região portuária, onde toda sua possibilidade de ação se dá em excelência. Entendido como pessoa em um primeiro momento, sua transformação em personagem é inerente ao seu imaginário popular. Ganhando alcunha de adjetivo, a malandragem é narrada em modelos que se tornam clássicos na literatura, subindo aos palcos segundo a transformação social das ruas. Como crônica urbana, as dramaturgias produzidas inserem o malandro como provocador de conflitos e articulador, alheio a uma balança maniqueísta. Observando as variações políticas o malandro se transforma e se adapta para manter sua existência. Diante da exemplificação de diferentes autores, percebemos o declínio do personagem até seu definitivo desaparecimento. Provando ser o típico representante da dramaturgia nacional, dois exemplos são citados para a sugestão de um modelo de malandragem compreendida entre os ambientes de atuação. A saber, público e privado se tornam as esferas onde os personagens Vadinho de Jorge Amado e Max Overseas, de Chico Buarque eternizam a conduta arquetípica, justificando todo o aprofundamento dessa pesquisa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2582781 - GIL VICENTE BARBOSA DE MARQUES TAVARES
Interno - 2168348 - PAULO HENRIQUE CORREIA ALCANTARA
Externo à Instituição - PAULO RICARDO MERÍSIO - UNIRIO
Notícia cadastrada em: 10/10/2023 12:42
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