PERFORMANCES E INCORPO@ÇÕES DA/NA PERIFERIA DE ICOARACI EM BELÉM DO PARÁ
Grupo INcorpoRe. incorpor@ções. Lavadeiras. Performance e periferia.
Esta pesquisa em Doutorado vem sendo desenvolvida por mim no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia-PPGAC/UFBA, na linha de pesquisa Corporeidades e interfaces: Somática, Performatividade e Artes Digitais. A mesma é fomentada pelo Ritual de Lavadeiras, das mulheres de minha vida, a essência da pesquisa. E, esse repertório cultural vem me acompanhando ao longo do processo de constituição do ser performer-atriz pesquisadora amazônida. Com isso, o trabalho percorre o trajeto sujeito-objeto da pesquisa lançando mão das lavadeiras, não apenas como categoria de estudo mas, como a gênese da criação do Grupo INcorpoRe, que desde o início atua no sentido de revelar o ser/fazer/mostrar-se fazendo/refletir essa relação sujeito-objeto performer junto ao chão das ruas da periferia de Icoaraci/PA de onde vem consolidando sua identidade atual. De modo a constituir/garantir espaços de atuação extensionista numa instituição universitária o Grupo se dedica não somente aos estudos de performance mas propõe incorpo@ções em arte e políticas públicas dialogando com o cotidiano da realidade vivida da/na periferia de Icoaraci na cidade de Belém/PA. Desse modo, debrucei-me na história dessas mulheres ‘lavadeiras’ tecida pelas narrativas do Coletivo Lavadeiras de Bastião do qual participo como performer-atriz na intenção de reconhecer a importância destas como o ‘ser’ lavadeira ‘realiza’ performance de forma resistente, atuante, poética e cênica; e em relação ao Grupo INcorpoRe, como este pode, por sua vez, reverberar, comunicar, dialogar e se expandir em performances, incorpo@ções artísticas com caráter educativo em intervenções temáticas cotidianas. Me inspirei na iconografia como metodologia (JUNG, 2008) e para estabelecer relações teóricas de análise utilizei conceitos de Geertz (1997), Schechner (2003), Freire (1987), Boal (1997) e Santos (2020), procurando levantar elementos que auxiliem o tratamento dos dados obtidos. Como procedimentos metodológicos adotei entrevistas, rodas de conversa, subdivididas em corpo-prosa ‘corpo-alumia’, ‘corpo-memória’. Além desses elenquei a ‘butuca’ e as ‘fotografias’ como coleta de dados. Desse modo encaminho-me pelo viés da prática como pesquisa (FERNANDES, 2012) a partir da qual pretendo subsidiar a análise da reverberação das atividades do Grupo INcorpoRe nas Incorpo@ções na/da periferia de Icoaraci/PA.