Titulo: Artista “Até(vista)”: a possibilidade de performar a si mesma e pertencer ao mundo a partir da performatividade do corpo que elabora e produz sentidos.
performance; autobiografia; artivismo feminista; pertencimento
O presente texto dissertativo se trata de uma pesquisa sob o título: “Artista Até(vista): a possibilidade de performar a si mesma e pertencer ao mundo a partir da performatividade do corpo que elabora e produz sentidos”. O objetivo da pesquisa é a imersão na minha trajetória artística e acadêmica na arte da performance como suporte para discutir e refletir sobre o movimento feminista artivista para me compreender pertencente. A escolha da arte da performance como balizadora dos estudos deve -se ao fato dessa manifestação artística penetrar nas esferas subversivas de questões sociais latentes e endurecidas. Nesse contexto, sedimentam e alicerçam a pesquisa os estudos com Eleonora Fabião, Renato Cohen e Jorge Glusberg quanto às ações performativas. O estudo se configurou, também, a partir do atravessamento com o referencial artístico prático de duas artistas da performance: Ana Mendieta e Tania Bruguera. Quanto aos procedimentos metodológicos desta pesquisa, busquei subsídio na autoetnografia, a partir da inserção do meu próprio corpo em performances intercruzada com as de outras mulheres, como o foco da investigação. Neste trabalho, a ênfase está localizada nos muitos silenciamentos de corpos femininos sendo retratados a partir de inquietações e questionamentos que sucedem de territórios individuais por uma busca da identidade. A questão central desta poética - ora nos discursos, ora nas práticas - recai sobre o sentimento de não pertencimento nos movimentos ativistas feministas, por perceber que não apenas o termo feminista, mas as lutas em pauta não incluíam minhas subjetividades. Contudo, o poder da criação na arte da performanceascende a chama desse sentimento para o pertencimento no artivismo feminista. Sendo assim, a pesquisa busca o engajamento e pertencimento político-social através das narrativas e vivências artísticas ao longo da minha trajetória e em confluência com artistas que fui influenciada, pois foi através da arte e o artivismo que encontrei um caminho para me sentir pertencente e “Até(vista)” – conceito desenvolvido a partir dessa noção de pertencimento e elaborado com o intuito de um artivismo feminino.