A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA E A CRIAÇÃO DAS AGENDAS CÍVICAS: um comparativo Das COBERTURAS jornalísticas digitais na Folha de S.Paulo, no The New York Times e no The Guardian
Jornalismo Digital. Análise comparativa. Agenda Cívica. Amazônia brasileira. Análise de Conteúdo.
Esta dissertação tem como objetivo principal investigar, numa perspectiva comparativa, as narrativas jornalísticas digitais presentes na Folha de S.Paulo, no The New York Times e no The Guardian, visando mostrar as semelhanças e as diferenças entre as agendas midiáticas dos referidos meios de comunicação no processo de inclusão do tema e dos discursos a respeito dos incêndios e dos desmatamentos na floresta amazônica brasileira a fim de convocar e de posicionar seu público frente a uma agenda cívica, a qual é entendida como o repertório de discursos, enunciados, expressões, ideias, opiniões, imagens e produtos, que a mídia assume a respeito de temas ou de acontecimentos sobre as políticas públicas e o governo com o intuito de garantir e promover a autonomia dos cidadãos em um Estado Democrático de Direito. Para tanto, a execução desta investigação foi ancorada na metodologia de Análise de Conteúdo, do tipo quantitativo e qualitativo. Os resultados mostram que a polifonia midiática revela o silenciamento das vozes dos povos e das comunidades tradicionais amazônicas, como dos agricultores familiares, dos pescadores artesanais, dos mateiros, dos povos ribeirinhos, dos operários e dos trabalhadores em geral e das donas de casa, por exemplo. Outra descoberta desta pesquisa é a invisibilidade de temáticas como a perda de árvores frutíferas e medicinais, as mortes e os ferimentos dos animais silvestres, bem como a falta de governança na rodovias amazônicas e as desigualdades sociais