Banca de DEFESA: MATHEUS VIANNA MATOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MATHEUS VIANNA MATOS
DATA : 26/08/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa on-line (videoconferência)
TÍTULO:

Conflitos em Tela: Uma trama de relações entre territorialidades e violências nos Cinemas baianos


PALAVRAS-CHAVES:

Cinema Baiano, Violências, Territorialidades, Microfísica da Violência, Contextualização radical, Estudos culturais


PÁGINAS: 143
RESUMO:

Este trabalho constrói uma articulação entre cinemas baianos, territorialidades e violências, ideias-chave na pesquisa. Buscamos, então, conceber nossa própria filmografia a partir das formas de compreender territorialidades e violências em filmes baianos, num movimento de desestabilizar e reconstruir contextos.
É devido à construção do nosso problema de pesquisa que se torna importante o movimento de contextualização radical, proposto por Lawrence Grossberg (2010), que busca dar conta de mapear as relações em um processo cultural e realizar desarticulações e rearticulações a partir desses contextos construídos na pesquisa. Ao
apresentarmos territórios e violências a partir de suas múltiplas dimensões, tanto físicas quanto simbólicas, trabalhamos com uma rede relações que se manifestam nas mais diversas formas e entre os variados elementos sociais. Todo esse movimento nos levou a construir os três eixos que compõem a trama analítica: Articulações entre discriminações raciais, de gênero e de classe; Enfrentamentos e incorporações na cultura popular e suas práticas; Violências de estado. O modo de olhar nossa questão foi a partir de uma trama analítica, em que cada um dos eixos elaborados sejam constituídos por atravessamentos e inter-relações que nos dizem de diferentes contextos, sem que haja uma hierarquia ou separação entre eles. Defendemos uma abordagem inserida nos
Estudos Culturais e com uma proposta de compreender os processos culturais a partir de suas múltiplas temporalidades. A partir dessa posição política e científica, vamos de encontro ao estabelecimento de marcos e ciclos, enquadramento recorrente na bibliografia sobre o cinema brasileiro. Portanto, este trabalho mapeia as disputas dos cinemas baianos, a partir de nossa preocupação com uma articulação entre territórios e
violências. Compreendemos território a partir da aproximação com o trabalho de Rogério Haesbaert, que o discute tanto numa noção do simbólico, com marcas das experiências cotidianas, quanto uma noção funcional, do espaço físico onde são possíveis essas vivências. Como um desdobramento dessa abordagem, apostamos no
conceito de territorialidade enquanto uma ideia-chave, compreendendo o conceito como algo presente na vida cotidiana e que permeia entendimentos sobre territórios. Assim como as territorialidades são múltiplas e coexistem, as violências e os conflitos sociais também. A partir da ideia foucaultiana de microfísica do poder, José Vicente Tavares dos Santos propõe uma microfísica da violência, que atinge diversas camadas sociais. Uma chave importante que convocamos aqui é a articulação de um tratamento do exótico e preconceituoso, que são violências simbólicas que perpassam as territorialidades também atuais, uma historicidade de violências que não pertencem apenas a um passado estático. Essa compreensão está em estreita relação com as diversas dimensões das violências em torno do gênero, raça, classe e religião. As dinâmicas de apropriação e disputas em torno da cultura popular, lutas simbólicas e físicas por territórios sagrados ou de comunidades tradicionais e tentativas de sobrevivência frente a discriminações raciais, de gênero ou classe foram algumas das questões que deixamos ver a partir da nossa trama analítica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 287773 - ITANIA MARIA MOTA GOMES
Externo à Instituição - VALÉRIA MARIA SAMPAIO VILAS BÔAS ARAÚJO - UFS
Externo à Instituição - ÂNGELA FREIRE PRYSTHON - UFPE
Notícia cadastrada em: 20/08/2020 11:33
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