Banca de DEFESA: HELEN CAMPOS BARBOSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HELEN CAMPOS BARBOSA
DATA : 26/08/2019
HORA: 13:00
LOCAL: FACULDADE DE COMUNICAÇÃO
TÍTULO:

Manifestos para ouvir: a experiência estética genderizada e racializada a partir das cantautorias de Manuela Rodrigues, Luedji Luna, Larissa Luz e JosyAra


PALAVRAS-CHAVES:

ancestralidade; experiência estética; gênero e raça; cantautoras negras; escrevivência


PÁGINAS: 238
RESUMO:

A presente tese a partir de uma perspectiva feminista e antirracista contextualiza os estudos voltados à experiência estética, propondo um olhar descolonizador e decolonial quanto às epistemologias estético culturais. O estudo é desenvolvido a partir da intersecção entre estética e política, contextualizando a produção musical femina baiana no contexto nacional do que se tem denominado enquanto geração tombamento. Proponho assim a apreensão da experiência estética a partir do conceito escrevivência, proposto pela escritora Conceição Evaristo (2007), enquanto uma metodologia que ao apontar a escrita performática enquanto estratégia política me possibilita dialogar sobre a produção musical de cantautoras negras baianas, refletindo sobre a presença de corpos negros e femininos na produção musical brasileira. Ao mesmo tempo, me permite localizar meu próprio corpo de mulher negra, enquanto pesquisadora e fruidora dessa musicalidade, que analisa a trajetória artística de quatro cantautoras baianas que tem projetos musicais com elementos ligados à ancestralidade negra e ao feminismo negro, percebendo assim a ressemantização do significado de uma estética que historicamente negou a cultura afro brasileira. Aproximo o conceito escrevivência de Conceição Evaristo (2007) ao entendimento de escrita política para Jacques Ranciére (1995). A escritura de uma comunidade, enquanto escrevivência, é observado a partir de três elementos: 1 - corpo; 2 - escritura de uma condição negra; 3 - experiência. Escrevivência norteia metodologicamente e conceitualmente a tese onde meu lugar de pesquisadora é compartilhado em sintonia com o saber localizado e auto referenciado a partir de minha corporeidade negra. Nesse sentido o comum estético me aproxima da história das cantautoras descrita acima, num lugar de demarcação das histórias individuais mas ao mesmo tempo com traços em comum entre elas e com a minha própria auto-percepção corporal. A voz e suas performances gendradas e racializadas permitem a compreensão da experiência estética interpelada de modo interseccional pelos marcadores sociais da diferença, como raça, gênero e classe engendrando uma experiência atravessada pelo legado ancestral da memória do corpo e da voz de mulheres negras baianas fazendo suas auto incrições num tempo espaço. Uma compreensão do corpo como lugar de memória conforme Leda Martins (2018) sugere. A relação entre os corpos negros femininos, suas identidades de gênero na construção 4 de um projeto estético musical é pensado aqui num processo de reificação de memórias, uma grafia ou escrita que se desenha em suas performances.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CESAR GERALDO GUIMARAES
Interno - 287773 - ITANIA MARIA MOTA GOMES
Presidente - 809.666.405-00 - JORGE LUIZ CUNHA CARDOSO FILHO - UFBA
Externo ao Programa - 1819741 - LAILA ANDRESA CAVALCANTE ROSA
Externo à Instituição - LUCIANA XAVIER DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 06/08/2019 14:26
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