Dramaturgia publicitária brasileira: A ficção seriada de “Marias” (Intimus) e “Boa” (Antárctica).
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Esta pesquisa parte do pressuposto de que existe uma dramaturgia publicitária, uma construção do drama que vem desde os primeiros filmes publicitários narrativos e que vai se complexificando a medida que a linguagem vai evoluindo e chegamos até o período do que o mercado denominou de branded content, onde é possível observar no Brasil diversos cases de séries dramatúrgicas de destaque. Partimos do princípio de que o mercado publicitário está em constante modificação e observa-se uma tendência a criar peças que se aproximem de conteúdos de entretenimento, demonstrando uma maximização dos recursos narrativos e dramáticos em sua criação como estratégia de aproximação do público que tende a rejeitar conteúdos publicitários explícitos. A nossa hipótese é que a marca do anunciante deve ser dramaturgicamente inserida como parte da história e não o contrário. E que as estratégias de construção dos valores da marca é que devem ser passados na trama, e não a indução direta de um produto. Buscando compreender a estratégia de serialização e os fatores que levam às escolhas criativas e construção de valores para a marca anunciante examinamos na pesquisa doutoral a poética destas obras, buscando entender a coerência narrativa e as funções dramatúrgicas das marcas nesses produtos, mostrando como se pretendeu construir, por meio delas, a empatia com o público. Como recorte analítico, escolhemos as webséries Marias da Intimus (Kimberly-Clark) e Boa da Cerveja Antárctica (Ambev).