MEMÓRIA E SUBJETIVIDADE NO DOCUMENTÁRIO CONTEMPORÂNEO BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DA MONTAGEM EM “ABOIO” E “ESTAMIRA”.
Documentário brasileiro. Montagem. Subjetividade. Memória.
Este estudo analisa dois documentários brasileiros contemporâneos que utilizam a montagem com efeitos estéticos na captura da subjetividade das suas personagens. Os filmes objetos do estudo são “Aboio” (2005) de Marília Rocha e “Estamira” (2006), de Marcos Prado. O estudo será baseado na análise discursiva das obras e demonstra a tendência dos documentaristas brasileiros em explorar os recursos da montagem para construir seus discursos, assim como a utilização deste processo para expressar a subjetividade das suas personagens. Os aspectos da subjetividade explorados são relativos as construções das memórias dos sujeitos filmados. As teorias adotadas são aquelas que concebem a montagem não somente como uma técnica de continuidade fílmica, mas para a produção de sentido. Os conceitos de Sergei Eisenstein, com os fundamentos da cinepoética da década de 20, como também de autores contemporâneos, como Vicent Amiel (2007) e Jacques Aumont (2012), com suas publicações sobre os aspectos estéticos da montagem, serão os norteadores da pesquisa.