Banca de DEFESA: DANIELA MACHADO CARAPIÁ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DANIELA MACHADO CARAPIÁ
DATA : 20/05/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 205 - Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA INTRODUÇÃO DE CARNE BOVINA CRUA NA ALIMENTAÇÃO DE CÃES SAUDÁVEIS


PALAVRAS-CHAVES:

Caninos; Alimentos cárneos; Dieta; Segurança; Patógenos


PÁGINAS: 72
RESUMO:

Existe uma tendência a buscar hábitos mais naturais por parte da população e essa
tendência inclui as práticas alimentares para com seus animais de estimação; no caso, os
alimentos cárneos crus representam a alternativa natural para cães e gatos. O presente
estudo propôs avaliar os riscos e benefícios potenciais da ingestão de carne crua como
parte da dieta de cães. Foram avaliados 12 cães, sendo seis (6) de canil de reprodução
comercial e seis (6) de canil-abrigo, por meio de exame clínico, análises hematológicas,
bioquímicas e parasitológicas antes e depois da intervenção dietética com 20% de carne
bovina crua do volume ingerido. Os cães receberam a mesma ração comercial seca
durante 15 dias (fase de adaptação) e em seguida receberam 20% da ingesta diária em
carne crua in natura durante 15 dias. A carne bovina crua fornecida aos cães foi analisada
por meio de microbiologia para investigação de contaminação bacteriana utilizando
métodos padronizados para pesquisa de aeróbios mesófilos, coliformes e Salmonella sp.
Amostras de carne bovina crua provenientes de diferentes estabelecimentos comerciais da
Região Metropolitana de Salvador, Bahia, foram também analisadas pelos mesmos
métodos microbiológicos. Os resultados do hemograma revelaram elevação das médias de
contagem de hemácias (p<0,05), volume globular (p<0,05) e hemoglobina (p<0,05) após a
introdução de carne crua. Não houve diferenças significantes nas contagens de leucócitos
totais, segmentados, eosinófilos, linfócitos e plaquetas, que pudessem ser associadas à
dieta à base de carne crua. A pesquisa e quantificação de microorganismos aeróbicos
mesófilos indicou que 75% das amostras de carne apresentaram contagem superior a 10 5
UFC, indicando degeneração do alimento, 92% das amostras continham enterobactérias,
incluindo E. coli, e nenhuma continha Salmonella spp. O presente estudo mostrou que a
ingestão de carne crua trouxe benefícios evidenciados nos parâmetros hematológicos dos
cães. Não foram verificadas evidências de infecção em parâmetros clínicos, leucograma e
bioquímica sérica e testes parasitológicos dos cães que pudessem ser associados à
ingestão de carne crua. Esses resultados indicam que o uso de carne crua na dieta pode
ser benéfico à saúde dos cães, e abrem a perspectiva para novos estudos sobre aspectos
nutricionais e da saúde canina associada a alimentação cárnea crua.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1489010 - ALESSANDRA ESTRELA DA SILVA LIMA
Externo ao Programa - 2358665 - CARLOS PASQUALIN CAVALHEIRO
Externo ao Programa - 2091662 - EDERLAN DE SOUZA FERREIRA
Presidente - 1283878 - STELLA MARIA BARROUIN MELO
Notícia cadastrada em: 10/05/2019 09:55
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA