Banca de DEFESA: LUCIANA BAHIENSE DA COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCIANA BAHIENSE DA COSTA
DATA : 20/02/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 205 / Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFBA
TÍTULO:

A Epidemiologia da Leishmaniose Visceral no Estado da Bahia


PALAVRAS-CHAVES:

Leishmaniose visceral, óbitos em crianças, Leishmania infantum, epidemiologia, saúde pública, geoprocessamento, saúde única


PÁGINAS: 127
RESUMO:

COSTA, L. B. Epidemiologia da leishmaniose visceral na Bahia. 2018. Tese (Doutorado Ciência Animal nos Trópicos) - Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia – Universidade Federal da Bahia, 2018.

 

O estudo da leishmaniose visceral (LV) ao longo de 11 anos (2007 a 2017), com ênfase em crianças menores de 10 anos além de favorecer o comportamento e expansão da LV no Estado da Bahia permite a avaliação das estratégias desenvolvidas e o possível impacto no controle do agravo. Para o presente estudo, em todo o Estado e em sete municípios com ocorrência de dois ou mais óbitos em menores de 10 anos entre os anos de 2012 a 2017, foram coletados dados do SINAN e realizadas análises: univariada descritiva de casos e óbitos por LV na série histórica, assim como espacialização da incidência e mortalidade por LV na população total e entre zero e nove anos de idade, e multivariada e regressão logística entre indicadores socioeconômicos (IDH, IPESE, TU, seca e coeficiente de Gini) e ocorrência de casos e óbitos e, entre sexo, idade, etnia, escolaridade e tempo entre início dos sintomas e tratamento, em indivíduos com evolução para cura e óbito. Nos municípios pré-selecionados com dois ou mais óbitos por LV, após aplicação de questionário epidemiológico, amostragem em indivíduos e cães, pesquisa entomológica e georreferenciamento de unidades de saúde foi realizada análise descritiva da situação atual do foco e análise de fatores de risco e percepção da população quanto ao agravo. No Estado, durante o período estudado pode-se observar após ajuste do modelo de regressão logística que quanto maior a idade (pvalor 0,000* IC 5%/95%C)  e maior a desigualdade de renda (pvalor 0,000* IC 5%/95%C) maior a chance de óbito por LV. Nos municípios pré-selecionados pode-se observar condições ambientais e de moradia desfavoráveis nos grupos de óbito e cura, assim como fatores de risco para a LV, incluindo a presença de flebotomíneos e cães positivos, contudo a percepção sobre a doença foi maior no grupo de cura. A prevalência entre cães nas residências e vizinhança, e, indivíduos nos dois grupos foi de 0,19, 0,15 e 0,019, respectivamente e as espécies de flebotomíneos de interesse L. longipalpis e L. lenti na maioria das capturas no peridomicílio, com presença de fêmeas do vetor em ambos os grupos, ressaltando a transmissão ainda ativa na maioria das localidades pesquisadas. A caracterização do agravo no Estado, assim como a identificação de possíveis associações com indicadores sócioeconômicos e ambientais e, à identificação de fatores de risco associados a óbitos em menores de 10 anos torna relevante a pesquisa fornecendo subsídios para a avaliação de conduta e possível redirecionamento de estratégias de controle no Estado da Bahia.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AROLDO JOSE BORGES CARNEIRO - UFBA
Externo à Instituição - ARTUR GOMES DIAS LIMA - UNEB
Presidente - 1213625 - CARLOS ROBERTO FRANKE
Externo ao Programa - 2993940 - MANUELA DA SILVA SOLCA
Interno - 1283878 - STELLA MARIA BARROUIN MELO
Notícia cadastrada em: 05/02/2019 16:05
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