Banca de DEFESA: MILENA PEREIRA DE OLIVEIRA SÃO LEÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MILENA PEREIRA DE OLIVEIRA SÃO LEÃO
DATA : 12/08/2022
HORA: 15:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

AVALIAÇÃO EXTERNA E ATOS DE CURRÍCULO NA SINGULARIDADE FORMACIONAL DE ESTUDANTES NEGROS/AS: O QUE DIZEM PROFESSORES/AS DE ESCOLAS PÚBLICAS DA CIDADE DE SALVADOR


PALAVRAS-CHAVES:

Avaliação Externa. Atos de Currículo. Formação de Estudantes Negros/as. Experiências Docentes.


PÁGINAS: 153
RESUMO:

Esta dissertação tem como centralidade compreender quais atos de currículo são postos em movimento, a partir das demandas estabelecidas pelas avaliações externas em experiências escolares de Ensino Médio e, se esses atos implicam na formação dos/das estudantes negros/as. Como perspectiva teórica-metodológica, esse estudo assentou-se na etnopesquisa crítica e multirreferencial, utilizando questionários semiestruturados e a conversação como meios para produção de informações. Os participantes dessa pesquisa foram professores/as atuantes em escolas de Ensino Médio da rede estadual de ensino da cidade de Salvador/Ba. Sobre a esfera teórica, buscamos como subsídio para compreender e descrever as avaliações externas autores como Pacheco (2011, 2012), Brandalise (2010, 2015). Nesse sentido, para conceituar currículo-formação e atos de currículo utilizamos como referências Macedo (2011, 2013, 2017) e Josso (2002, 2007). Consideramos importante também trazer a perspectiva Freireana e Gramsciana sobre a escola, espaçotempo de (trans)formação e emancipação, a fim de explicitar de que escola e formação falamos. Além de Nilma Gomes (2017), Kabengele Munanga (2000, 2019) e Silvio Almeida (2019) para refletir sobre a situação educacional dos/das estudantes negros/as no Brasil, correlacionando o processo formacional destes/as aos atos de currículo mobilizados pelas avaliações externas. Em termos de análise, foi utilizada a de conteúdo, com base hermenêutica creditando a interpretação/compreensão e a multirreferencialidade, foco dessa ação. Sobre tais análises, nos indica que as avaliações externas, no contexto de escolas públicas estaduais de Salvador, principalmente a SABE realizada pelo estado da Bahia, provocam alterações ao planejamento e plano de ação docente, mobilizando atos de currículo, nem sempre positivos, implicando uma formação com ensino voltado para o preparo dos/das estudantes e para resolução de questões. O que, na singularidade do processo formacional de estudantes negros/as, pode levar a omissão de ações formacionais relativas a questões próprias desse grupo, além de que como reflexo de uma política de accountability sob perspectiva neoliberal, podem reforçar mecanismos intraescolares de exclusão, principalmente a população negra, exemplo, segregação de alunos/as indicados a realizarem esses testes em decorrência ao contraste dos resultados apontados pela categoria raça. Outrossim, o aumento de simulados, pode refrear a compreensão do ato de avaliar em suas dimensões pedagógica, política e ética retornando ao equívoco de tornar a avaliação sinônimo de exame, potencializando assim dilemas enfrentados pelos/as estudantes negros/as no seu processo de escolarização e formação.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 4349430 - DENISE MOURA DE JESUS GUERRA
Interna - 2228252 - GIOVANA CRISTINA ZEN
Externa à Instituição - RITA DE CASSIA DIAS PEREIRA DE JESUS - UFRB
Interno - 2198885 - ROBERTO SIDNEI ALVES MACEDO
Notícia cadastrada em: 26/07/2022 15:36
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA