Banca de DEFESA: MARIA JOSÉ FIRMINO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA JOSÉ FIRMINO DA SILVA
DATA : 14/12/2021
HORA: 14:30
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

EXPERIÊNCIAS CURRICULANTES E COAUTORIA DE SI: COMPREENSÕES POÉTICAS DOS DISCURSOS DE ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL DE TUCANO/BA


PALAVRAS-CHAVES:

Experiências curriculantes. Coautorias de si. Poética


PÁGINAS: 185
RESUMO:

Esta tese, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdadede Educação da Universidade Federal da Bahia, investiga a relação entre experiências curriculantes e coautoria de si num movimento de reexistência, diante do atual cenário da educação brasileira no qual políticas de currículo, sobretudo nos últimos cinco anos, vêm, inexoravelmente, institucionalizando a histórica dualidade do Ensino Médio. A Lei n. 13 415 de 16 de fevereiro de 2017 (BRASIL, 2017)lei da contrarreforma do Ensino Médioe a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) intencionam, por conseguinte, para filhas e filhos de trabalhadoras e trabalhadores, a profissionalização compulsória para o mercado de trabalho com ênfase, portanto, em competências e habilidades como dispositivos centrais dos seus processos formacionais. Compreendendo, porém, que estudantes são coautores curriculantes, portanto interferem, recriam, tensionam, alteram, através de seus atos de currículo, essas políticas, objetiva-se, com esta tese, responder à seguinte questão de pesquisa: como as experiências curriculantes contribuem para as/os estudantes do Ensino Médio se constituírem, poeticamente, coautoras e coautores de si? Por conseguinte, essa investigação optou, metodologicamente, pela etnopesquisa crítica e multirreferencial cuja singularidade está na escuta de seus sujeitos como teóricos das suas experiências cotidianas, pejadas de contradições, derivas e paradoxos. A etnopesquisa se gesta, pois, principalmente, a partir dos pressupostos da fenomenologia, da etnometodologia e da multirreferencialidade. Assim, para compreender as contribuições das experiências curriculantes para as/os estudantes do Ensino Médio se constituírem, poeticamente, coautoras e coautores de si, é preciso uma escuta sensível do ser-sendo, na sua incompletude pela qual estudantes, professoras e professores ensinam e aprendem, relacionalmente, através dos debates propostos, das com-versações, do respeito às errâncias e às narrativas autobiográficas das/os estudantes e do seu acolhimento senciente. Essa compreensão poética, evidenciada nos achados da pesquisa, é uma abertura à opacidade, ambiguidade e ambivalência da linguagem, que se constitui enquanto fala e silêncio. Nas suas franjas habitam os sentidos e as coautorias produzidas por estudantes, experienciando a si mesmas e/ou mesmos como outras e/ou outros pelos seminários, leituras de obras literárias e sua reescrita nos códigos do teatro e projetos de problematização e de intervençãoainda conforme as conclusõesalém da Jornada de Conhecimento na qual as disciplinas se imbricam e as/os estudantes trabalham a partir de sistemas de referência distintos. Pela sua poiesis etnoconstitutiva, as coautorias também rompem desautorizantes experiências curriculantes quando, desjogando o jogo do que lhes é imposto, estudantes produzem movimentos instituintes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2198885 - ROBERTO SIDNEI ALVES MACEDO
Interna - 4349430 - DENISE MOURA DE JESUS GUERRA
Externo à Instituição - JOSE JACKSON REIS DOS SANTOS - UESB
Externo à Instituição - LEONARDO RANGEL DOS REIS - IFBA
Externo à Instituição - MIGUEL ALMIR LIMA DE ARAUJO - UEFS
Externa à Instituição - SILVIA MICHELE MACEDO - UFRB
Notícia cadastrada em: 14/12/2021 12:59
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