Banca de DEFESA: MARIA CLÁUDIA MOTA DOS SANTOS BARRETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA CLÁUDIA MOTA DOS SANTOS BARRETO
DATA : 17/03/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual
TÍTULO:

TRAJETÓRIAS DE MULHERES DA E NA EJA E SEUS ENFRENTAMENTOS ÀS SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIAS


PALAVRAS-CHAVES:

Educação de Jovens e Adultas/os. Mulheres. Trajetórias. Violências.


PÁGINAS: 122
RESUMO:

A pesquisa apresentada nesta dissertação tem como objetivo geral compreender as trajetórias de mulheres da e na EJA e suas repercussões no enfrentamento às situações de violências. Considerando a assimetria das relações entre homens e mulheres, dentro e fora das salas de aula, propõe-se a apreender a importância da instituição escolar, na vida das estudantes, para além do processo de escolarização. A relevância deste estudo perpassa as seguintes dimensões: empírica, teórica, política e estrutural. Trata-se de uma pesquisa do tipo empírica, com o método qualitativo, que foi realizada no contexto de uma escola pública do município de Salvador-BA, adequando-se às exigências da nova realidade social imposta pela pandemia da COVID-19. Duas estudantes foram entrevistadas, utilizando o recurso das Entrevistas Narrativas, através de ligações telefônicas (chamadas de voz) e da realização de um encontro presencial. As informações produzidas foram apreciadas à luz da Análise Narrativa. O estudo está baseado, principalmente, nas contribuições de Miguel Arroyo, para entender as especificidades das/os sujeitas/os da e na EJA; nos pressupostos de Angela Davis, Heleieth Saffioti, Kimberlé Crenshaw, Lélia Gonzalez e Nilma Lino Gomes para articular as opressões e exclusões de gênero, raça/etnia e classe social; e nas ponderações de Paulo Freire para refletir acerca dos processos de emancipação através da educação. Os resultados apontam que dentre as razões para o afastamento da escola, destacam-se a tripla jornada de trabalho, inclusive desde a infância, além da interdição de familiares, sobretudo da autoridade masculina. A sociedade brasileira imputa às mulheres o atributo de inferior comparada aos homens, culminando em discriminações e menores chances educacionais. Além da violência de gênero, a violência estrutural desponta como impeditiva para a escolarização de mulheres, sobretudo quando são pobres, negras, periféricas e/ou migrantes. Muitas delas conseguem romper as amarras aplicadas pelo poder patriarcal e exercem o direito à educação, mas a decisão de retorno não transcorre sem conflitos, geralmente relacionados ao trabalho estabelecido como feminino e às contradições da sociedade capitalista de produção. A EJA emerge como possibilidade de restituir o direito à educação dessas pessoas, que apresentam como desejo o alcance de condições melhores para suas vidas. A escola insurge como um espaço de convivência e estabelecimento de relações de amizade. Inúmeros desafios ainda persistem, no plano dos processos formativos e educativos, para a conscientização e emancipação das mulheres-estudantes.  


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2277317 - GILVANICE BARBOSA DA SILVA MUSIAL
Externo(a) ao Programa - 1864674 - EDILZA CORREIA SOTERO
Externo(a) ao Programa - 1565055 - SANDRA MARIA MARINHO SIQUEIRA
Externo(a) à Instituição - CARLA LIANE NASCIMENTO DOS SANTOS - UNEB
Notícia cadastrada em: 17/03/2021 14:07
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