Banca de DEFESA: LUCAS COSTA DE SANTANA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCAS COSTA DE SANTANA
DATA : 22/02/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Remoto, via RNP
TÍTULO:

ESCRITURA DE VIDA INTERSTICIAL:

(Com)posições docentes em narrativas de formação


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Estudos Pós-Críticos; Escrituras de vida; Narrativas (auto)biográficas; Formação docente; Ensino de Ciências e Biologia.


PÁGINAS: 138
RESUMO:

A presente investigação/formação insere-se no campo das pesquisas com narrativas (auto)biográficas na formação docente em Ciências/Biologia. Alicerça-se nas teorizações pós-críticas em Educação e nos estudos de Michel Foucault. Possui como questão de pesquisa: quais modos de subjetivação vêm me constituindo como sujeito docente de Ciências/Biologia? A partir de tal questão, objetivei problematizar os modos de subjetivação que me constituem como sujeito docente. Para dar conta de tal objetivo, busquei ressignificar as narrativas (auto)biográficas à luz da perspectiva pós-crítica, entendendo que a vida se constitui a partir do que dela se diz, e compreendendo as narrativas como efeitos de discursos. Entendendo, ainda, que trabalhar com narrativas (auto)biográficas implica em operar com palavras, busquei exercitar uma forma de escrita da vida que coaduna com escolhas teórico-políticas próprias. Assim, investi em uma escrita narrativa fragmentária, intertextual e com características literárias, objetivando romper com uma forma linguística unitária. Denominei tal forma de escrever uma vida como uma escritura de vida intersticial. Das narrativas problematizadas, emergiram discursos/práticas que concorreram pela minha constituição como sujeito (docente). Entre eles, estão os discursos disciplinares, os discursos culturais, o discurso da racionalidade técnica, da racionalidade crítica, o discurso construtivista, discursos religiosos, discursos científicos, etc. Além dos discursos que concorreram para me assujeitar de formas específicas como sujeito docente, me formei, ainda, a partir do trabalho realizado sobre mim mesmo, por meio de técnicas de si. Assim, elaborei e dei forma à minha vida a partir de experiências estéticas com artefatos artístico-culturais, bem como por meio da minha relação com o saber e com os estudos, na medida em que elaborei o ato de aprender de modo a significar a mim mesmo. Concluo que tais achados de pesquisa foram formativos por me permitirem significar os modos pelos quais cheguei a ser quem sou: um sujeito fruto de múltiplos processos formativos, eles mesmo contingentes, conflitivos e desarmônicos. Exercitar uma escritura de vida intersticial me permitiu elaborar a minha vida como vida intersticial: uma vida que fabrica a sua potência a partir de um espaço desterritorializado, uma vida que, ao escrever sobre si, procura transmutar conhecimento em arte.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 630.606.043-04 - MARLECIO MAKNAMARA DA SILVA CUNHA - UFAL
Interno(a) - 2564667 - GISELLY LIMA DE MORAES
Externo(a) à Instituição - CONSTANTIN XYPAS
Externo(a) à Instituição - ROSEMEIRE REIS DA SILVA - UFAL
Notícia cadastrada em: 10/02/2021 13:16
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