Banca de DEFESA: URIEL JOSE CASTELLANOS AGUIRRE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : URIEL JOSE CASTELLANOS AGUIRRE
DATA : 17/02/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório I, da Faculdade de Educação
TÍTULO:

(Des)Contextos da Cultura Libre como política educacional em uma universidade da Venezuela.


PALAVRAS-CHAVES:

Educação. Cultura livre. Políticas educacionais. Cultura digital. Ciclo das políticas.


PÁGINAS: 222
RESUMO:

O objetivo da tese foi compreender a recontextualização das políticas educacionais que levaram em consideração os princípios e valores da cultura livre em uma instituição universitária venezuelana. O objetivo foi alcançado com o apoio da abordagem do “Ciclo de Políticas”, consolidada por Stephen Ball e colaboradores. Essa abordagem teórico-metodológica buscou ampliar a visão linear em que a “implementação” de políticas é analisada, questionando que não se trata de uma produção acabada do Estado em que instituições públicas, neste caso, as Instituições Educacionais Universitárias (IEU) da Venezuela, implemente ou não. Portanto, o “Ciclo das Políticas” abordou os contextos de “influência” e “produção de textos” a partir das redes políticas construídas para a implementação do Software Livre com padrões abertos, fato que limitou os princípios e valores da cultura livre a uma questão técnica de abertura de dados e uso de outro sistema operacional (SO). No contexto da “prática”, surgiu o embate do Estado pela autonomia da Universidade, fato que obtém inserindo-se nas suas estruturas a partir da avaliação e formação de professores, o que gerou resistência entre os atores (professores, coordenadores e equipe administrativa), mas gerou novos sentidos em relação ao uso das Tecnologias de Informação Livres (TIL); práticas espontâneas que (re)estruturaram a produção de artefatos culturais. Assim, os “resultados/efeitos” e as “estratégias políticas” refletiam as fronteiras difusas entre o Estado e a Universidade, uma vez que ambos como espaços políticos chave em um país, tendem a diversificar-se ou dissociar-se devido a seus interesses. Finalmente, conseguimos gerar uma crítica (desconstrução) sobre a produção e o consumo de políticas educacionais com certas peculiaridades de tempo, espaço e condições sociais que são realizadas na Venezuela com base em termos concretos. Concluímos que a Venezuela desenvolveu políticas públicas fortes para um governo digital que contém software livre com padrões abertos que obrigam todas as entidades públicas a adotá-los. Portanto, os IEU, apesar de suas políticas tradicionais, tiveram que adaptar, em maior ou menor grau, o uso de TIL. Percebemos, então, que uma educação baseada no desenvolvimento dos princípios e valores da cultura livre é fundamental, pois, a partir disso, temos a possibilidade de acessar, utilizar, copiar, modificar ou distribuir conhecimentos para todos. Mas, do nosso contexto, percebemos que as limitações técnicas e estruturais geravam conflitos nas diferentes esferas educacionais. O que nos leva a pensar que a ação concreta (práxis) do Estado era radical e impositiva para as IEU. O que gera outras “educações”, diferente do que emanava da agenda do país. Defendemos, então, uma educação com Ações Culturais Livres, onde o trabalho colaborativo multi e interdisciplinar permite o desenvolvimento transversal de ações e reflexões sobre si mesmo, que contêm os princípios e valores da Cultura Livre para o desenvolvimento de espaços inovadores na educação pública e cidadã, sem os limites como foi feito na Venezuela.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JEFFERSON MAINARDES
Interno - 1745317 - JONEI CERQUEIRA BARBOSA
Externo ao Programa - 2441732 - KARINA MOREIRA MENEZES
Interno - 1418909 - MARIA HELENA SILVEIRA BONILLA
Externo ao Programa - 2292319 - MESSIAS GUIMARAES BANDEIRA
Interno - 287526 - NELSON DE LUCA PRETTO
Notícia cadastrada em: 16/12/2019 16:30
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