Banca de DEFESA: LÍLIAN SANTANA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LÍLIAN SANTANA DOS SANTOS
DATA : 26/07/2019
HORA: 09:00
LOCAL: FACED
TÍTULO:

A ESCRITA DE CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARTICIPANTES E NÃO PARTICIPANTES DO BOLSA FAMÍLIA


PALAVRAS-CHAVES:

Pobreza. Programa Bolsa Família. Escrita Infantil


PÁGINAS: 137
RESUMO:

Este estudo enfoca aspectos importantes no âmbito da escola pública ao levar em consideração as condições socioeconômicas dos sujeitos que vivem em contextos de pobreza, não para diminuí-los ou rotulá-los, mas para analisar as relações que se estabelecem entre esses sujeitos e a linguagem, assumindo a linguagem na perspectiva das práticas sociais. Esse é um ponto importante e que demonstra a complexidade em tratar do tema pobreza e educação, sem, contudo, cair na armadilha de considerar à condição de pobreza como falta, déficit, problemas e transtornos. É importante salientar que nos afastamos deste tipo de concepção. A presente pesquisa teve como objetivo analisar a escrita inicial de crianças da Educação Infantil, mais especificamente, o modo como elas lidam com a relação grafema-fonema. Também realizamos uma comparação entre crianças que recebiam e não recebiam o Bolsa Família, com o intuito de verificar se havia diferenças na escrita dessas crianças no que se refere a relação grafema-fonema. No caso de encontrarmos diferenças analisar quais seriam e a natureza dessas diferenças. O percurso metodológico se caracteriza por um estudo quantiqualitativo, de corte transversal. A presente investigação teve o ambiente escolar como fonte direta de coleta de dados. Participaram desta pesquisa 14 crianças da Educação Infantil, matriculadas no grupo cinco, de uma escola municipal localizada em São Francisco do Conde/BA. Para a coleta de dados propusemos as crianças diversas atividades de escrita como: lista de brinquedos, lista de compras, lista de palavras e respostas de adivinhações. Os dados foram organizados, selecionados e categorizados, tendo por base o objetivo e o referencial teórico adotado. O corpus desta pesquisa integrou um total de 84 produções para análise das convenções ortográficas – especialmente da relação grafema-fonema. Primeiramente analisamos a escrita da turma (sem destacar as crianças beneficiárias do PBF). Os dados apontaram que as crianças, de modo geral, usaram letras para registrar as palavras, em detrimento de números, desenhos ou qualquer outro símbolo; a maioria das crianças já perceberam a relação grafema-fonema e algumas crianças estão atentas para as unidades linguísticas como as sílabas. Posteriormente a esse resultado, optamos por realizar uma análise comparativa dos dados entre crianças beneficiárias e não beneficiárias do PBF. Assim, selecionamos por sorteio as crianças e comparamos suas produções (4 crianças beneficiárias e 4 crianças não beneficiárias). A partir dos resultados encontrados percebemos que não há diferenças qualitativas importantes na escrita das crianças beneficiadas pelo Programa Bolsa Família, com as que não recebem o benefício. Esperamos com essa pesquisa contribuir com as reflexões acerca da produção escrita de crianças que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza, propondo um olhar para além de uma visão cognitiva dos processos de linguagem.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1813696 - ELAINE CRISTINA DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 2766416 - MARIA IZABEL SOUZA RIBEIRO
Externo à Instituição - LOURENÇO CHACON JURADO FILHO - UNESP
Notícia cadastrada em: 12/07/2019 12:52
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