Banca de DEFESA: JOÃO PAULO DOS SANTOS SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOÃO PAULO DOS SANTOS SILVA
DATA : 01/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Remoto, via RNP
TÍTULO:

Artes de encontros e de arranjos autobiográficos docentes: acontecimento, mapas e formação


PALAVRAS-CHAVES:

Cartografia docente; Educação; Mapas professorais; Teorias pós-críticas.


PÁGINAS: 222
RESUMO:

Esta tese toma como objeto de investigação as condições em que mapas professorais podem
evocar produções de subjetividades docentes em processos formativos. Especificamente, esta
tese visa mapear, através do método cartográfico, territórios existenciais e desta maneira,
acompanhar processos de produção de subjetividades docentes. Pressupõe atuação docente
como uma potencialidade inacabada, artesanal, gestada de mo(vi)mentos e fluxos que teimam em
escapar. Estra trajetória de produção e análise foi inspirada nas teorias pós-críticas em Educação,
pois no traçado dos estudos pós-críticos, a vida não é segregada do pensamento. Esta abordagem
teórica se desenvolve na trama das formas de poder, conhecimento e subjetividade presentes na
sociedade contemporânea. Para tanto, metodologicamente recorremos à cartografia docente (o
nome dado a este exercício cartográfico) como um compósito de movimentos heurísticos de
registro de acontecimentos individuais e coletivos: em um recorte de intencionalidade limitada (o
desejo em investigar com professores/as) diante de uma condição ilimitada (o que acontece ao
longo do processo com sujeitos em devir professor). Sem um porto a atracar e sem um farol a
iluminar os caminhos que levam a uma pretensa verdade, esta cartografia docente indica uma
trajetória de pesquisa que se construiu diante de condições singulares, com pessoas e suas
singularidades e relações únicas. Já os mapas professorais emergem como possibilidades de
capturar diferentes territórios, buscando estéticas emergentes das trajetórias de vida envolvidas
em planos de forças. Eles são artefatos do registro dessas trajetórias de formação, como uma
imagem capturada do pensamento numa tentativa de operar sobre a complexa produção do devir
docente quando as palavras não dão conta. O argumento geral da Tese é o de que, em um cenário
de espalhamento de possibilidades de investigar trajetórias de professores, os mapas professorais
emergem como instrumentos capazes de ir além da mera representação geográfica. Ao explorar

essa capacidade na representação de subjetividades docentes em processos formativos, desvela-
se um artesanato potente em que a observação dos relevos combinados alinhava com maneiras

de contar sobre a produção de diferença. Dessa forma, ao dar fluidez a seus critérios e princípios,
mapeamos nossas próprias trajetórias de formação, pontos em comum, maneiras de estar e fazer
na educação, na relação com os currículos e alunos e instituições, numa atenção sensível ao que
se passava pelas narrativas de si com os outros, como um meio implicado em registrar alguns dos
processos que geram entradas e saídas, em habitar territórios experienciais, a primazia da
abertura para o acontecimento e a construção de uma pedagogia processual: um compósito de
composições. Conclui-se que, por mais que tenhamos que performar conceitos e sistematizações
científicas, o artesanato na educação evidencia a emergência de maneiras de operar os
conhecimentos sistematizados criando novos caminhos que contribuam na composição de
sentidos e estes não podem ser contados, coisificados ou decifrados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.606.043-** - MARLECIO MAKNAMARA DA SILVA CUNHA - UFAL
Interna - 2564667 - GISELLY LIMA DE MORAES
Externa à Instituição - ROSEMEIRE REIS DA SILVA - UFAL
Externo à Instituição - MARCO ANTONIO LEANDRO BARZANO - UEFS
Externa à Instituição - SANDRA KRETLI DA SILVA
Notícia cadastrada em: 06/02/2024 09:21
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA