Banca de DEFESA: MARTA ALENCAR DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARTA ALENCAR DOS SANTOS
DATA : 21/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Faculdade de Educação
TÍTULO:

Pequenas Mahins: culturas infantis das meninas negras na escola comunitária Luiza Mahin, em Salvador


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: menina negra pequena; infâncias negras; Etnografia; cultura da infância; corpo-território-criança.


PÁGINAS: 283
RESUMO:

A feitura desta tese parte da afirmação de que as meninas negras pequenas são anunciadoras de outros mundos, ou seja, são mensageiras da ancestralidade negra, trazem a continuidade. Elas não são velhas, não são novas e não são futuras. Elas são no presente, no aqui e no agora. Elas vão! Seguem em invenções, fissuras, insurgências, desobediências. Seguindo o caminho trilhado pelas meninas negras que encontrei na construção da tese, objetivei compreender como são produzidas culturas infantis nas experiências cotidianas vivenciadas por meninas negras pequenas que frequentam a Escola Comunitária Luiza Mahin, em Salvador, Bahia. A partir desse intento produzi uma etnografia junto a um grupo de oito meninas negras de 5 anos de idade numa turma de Educação Infantil na Escola Comunitária Luiza Mahin, no ano de 2021, ano em que vivíamos a pandemia provocada pelo Coronavírus. Para me encontrar e pesquisar com as meninas negras pequenas trouxe os estudos da Sociologia da Infância (SI), em diálogo com os estudos Decoloniais, numa possibilidade de desembranquecer a SI. Além desses dois campos teóricos, este trabalho também se ancora nos estudos das relações étnico-raciais, estudos de gênero e estudos sociais da infância. Os contextos em que as meninas negras vivenciam suas infâncias, tanto o território quanto a escola, foram apresentados como formas de evidenciar que as culturas infantis não se dão no vazio social e, por conseguinte, formam e são formadas por ele. A tese aponta que as meninas que participaram da pesquisa constroem culturas entre pares e entre adultas e adultos marcadas(os) por questões raciais, de gênero e geração, com destaque para o entrecruzamento entre culturas das infâncias e cultura negra em diáspora, evidenciando os conceitos de Alegria/Alacridade (Muniz Sodré, 2006) e Odara (Marcos Luz, 2018). Além deste apontamento, as discussões sobre corpo e infâncias negras ganham destaque no trabalho demonstrando que as meninas negras pequenas os utilizam para expressar seus desejos, sentimentos e produzirem cultura. A pesquisa anuncia a importância da corporificação nos procedimentos por meio dos quais as meninas negras participam da vida social. O corpo das meninas negras pequenas foi entendido neste trabalho como biológico, histórico, cultural e social, mas também localizado num território de maioria negra, assim se constituindo como um corpo-território-criança.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1150057 - PEDRO RODOLPHO JUNGERS ABIB
Interna - 2585621 - NANCI HELENA REBOUCAS FRANCO
Externa à Instituição - ELIANE DOS SANTOS CAVALLEIRO - UnB
Externa à Instituição - LÍCIA MARIA DE LIMA BARBOSA - UNEB
Externo à Instituição - MIGHIAN DANAE FERREIRA NUNES - UNILAB
Notícia cadastrada em: 05/02/2024 12:17
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