ATOS DE CURRÍCULO EMANCIPACIONISTAS MOBILIZADOS POR PROFESSORAS NA AMBIÊNCIA DA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS EM ESCOLAS PÚBLICAS
Atos de Currículo Emancipacionistas, Alfabetização, Currículo, Formação.
Esta dissertação teve como objetivo compreender os Atos de Currículo Emancipacionistas mobilizados por professoras na ambiência da alfabetização de crianças em três escolas públicas localizadas no Vale do Jequiriçá/Bahia. A metodologia ancora-se na pesquisa qualitativa com inspirações na Etnopesquisa Crítica e Multirreferencial, cuja singularidade está na escuta de suas colaboradoras (seis professoras alfabetizadoras) como teóricas das suas experiências cotidianas. Utilizamos como dispositivos a análise documental, observação participante, diário formacional e a entrevista semiestruturada para identificar como atos de currículo emancipacionistas são mobilizados por professoras alfabetizadoras, evidenciando como esses atos contribuem na mediação do processo de construção das aprendizagens docentes, a partir da escuta e observação sensível ao “ser-sendo”, pelo qual educadoras se constituem sujeitos curriculantes. Essa compreensão ecoperspectivada evidencia nos atos de currículo emancipacionistas um potente dispositivo de possibilidades formativas de saberes docentes e (re)ressignificador da organização do trabalho pedagógico, como aberturas para as trans-formações na ambiência da alfabetização. Desse modo, os atos de currículo emancipacionistas potencializam os sentidos e a autonomia das educadoras a autorizar-se com outros e outras que, ao questionar as bases instituintes, provocam, (re)criam e (re)organizam a ambiência e o fazer pedagógico, desjogando o jogo do que lhes são impostos, a partir de atitudes subversivas responsáveis e atitudes transgressoras, tensionando currículos pretensamente universalistas. Movimentos elucidativos de práxis curriculares que atravessam as práticas, saberes e conhecimentos da alfabetização, onde professoras implicadas com o fazer político e pedagógico da educação movimentam ações criativas, re-existentes e resilientes implicadas pelo sentimento de pertencimento.