Banca de DEFESA: YAIMAR DEL VALLE MONTOYA GONZALEZ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : YAIMAR DEL VALLE MONTOYA GONZALEZ
DATA : 02/09/2022
HORA: 09:00
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/gecfaced
TÍTULO:

Coletivos e comunidades tecnológicas venezuelanas: uma ecologia desaberes para pensar a cultura livre do Sul Global


PALAVRAS-CHAVES:

Ecologia de Saberes, Práticas, Educação, Cultura livre, Tecnologias livres


PÁGINAS: 397
RESUMO:

A imposição do colonialismo em Nossa América e a implementação da ciência moderna permitiram a construção de linhas abissais que delimitaram nossa existência e ainda continuam a influenciar todosos âmbitos de nossas vidas. Contemporaneamente, com a presença das tecnologias digitais e sua apropriação por partedos grupos tecnológicos hegemônicos, as relações de poder e as práticas foram estruturadas sob lógicas colonialistas, capitalistas e patriarcais; ao mesmo tempo, isto deu origem a grupos que resistem e lutam na perspectiva da liberdade, colaboração e justiça cognitiva. Na Venezuela, sob um projeto político-filosófico e um marco legal que aponta para a independência tecnológica, há grupos que compartilham esta visão, usam tecnologias livres, buscam a construção de uma cultura livre e que, até agora, não foram estudados. Daí que propomos, como objetivo geral da pesquisa, compreender como as práticas doscoletivos e comunidades tecnológicas venezuelanas, em torno às tecnologias livres, podem colaborar com a constituição da cultura livre do Sul Global. Para tanto, a metodologia foi qualitativa e exploratória, e utilizamos a bricolagem para combinar elementos da etnografia, da etnografia virtual e do método indiciário. O campo de pesquisa foi nos diferentes estados onde se desenvolveram os três coletivos e duas comunidades tecnológicas que fizeram parte deste estudo, mas, em virtude da pandemia de Covid-19, cinco dos participantes estavam em diferentes estados da Venezuela, um na Colômbia e um na Espanha, por isso utilizamos espaços virtuais para a produção das informações. Por isso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas online, conversas informais, observação participante dos grupos do Telegram e os perfis do Twitter dos cinco grupos participantes. Utilizamos a Análise Textual Discursiva para compreender as informações produzidas e como estratégia de organização dos dados utilizamos o software livre IRaMuTeQ. As reflexões (não)finais do estudo apontam que esses coletivos e comunidades tecnológicas preservam memórias coletivas como ato de resistência, de (re)existência e ressignificação dos elementos coexistentes, possuem valores comuns com os quais formam uma identidade coletiva e orientam suas práticas. Essas práticas são de resistência-alteridade e são constituídas por uma tríade de ações de formação, produção para o comum e ativismo, que entre indícios e rastros, marcam uma caminhada tecnopolítica que busca a soberania tecnológica do país. Discutimos que suas práticas de resistência-alteridade estão em fase de emergência e constituem um “ainda não” da cultura livre no Sul Global. No entanto, dentro das suas potencialidades, os participantes se destacam como coletivos e comunidades de alteridades educativa-tecnológicas que, através da sua ecologia de saberes, em uma perspectiva de colaboração e liberdade, dialogam com as necessidades do contexto venezuelano e do Sul Global.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1418909 - MARIA HELENA SILVEIRA BONILLA
Interno - 287526 - NELSON DE LUCA PRETTO
Externa ao Programa - 2441732 - KARINA MOREIRA MENEZES
Externo à Instituição - URIEL JOSÉ CASTELLANOS AGUIRRE - IFBA
Externa à Instituição - MARIANICER CELINA FIGUEROA AGREDA
Externo à Instituição - VICENTE MACEDO DE AGUIAR
Notícia cadastrada em: 23/08/2022 13:07
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