Banca de DEFESA: ARLINDA SANTOS SEIXAS ROSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ARLINDA SANTOS SEIXAS ROSA
DATA : 10/06/2021
HORA: 09:00
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/jairza-maria-barreto-medeiros
TÍTULO:

ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO MATERNO E OCORRÊNCIA DE MICROCEFALIA CONGÊNITA PELO ZIKA VÍRUS

PALAVRAS-CHAVES:

Zika Vírus, Microcefalia Congênita, Índice de Massa Corporal (IMC) Pré-gestacional, Ganho de Peso Gestacional, Fatores de Risco.

PÁGINAS: 66
RESUMO:

O Brasil foi o primeiro país a investigar a relação entre infecção congênita pelo Zika vírus (ZIKV) e microcefalia. O potencial risco da infecção pelo ZIKV durante a gestação causar microcefalia é pouco compreendido. A predisposição genética e os fatores ambientais são possíveis cofatores que podem aumentar a suscetibilidade à infecção do ZIKV e levar a alterações fenotípicas no cérebro. Vários fatores foram propostos para influenciar o resultado fetal durante a infecção materna pelo ZIKV; entretanto, o efeito do estado nutricional antropométrico materno não foi investigado. O estado nutricional antropométrico materno, estimado pelo índice de massa corporal (IMC) materno pré-gestacional e pelo ganho de peso gestacional, tem sido amplamente estudado como preditor de resultados adversos da gestação, incluindo aborto espontâneo, nascimento prematuro, baixo peso ao nascer e anomalias congênitas. Objetivo: Investigar possíveis associações entre o estado nutricional antropométrico materno antes e durante a gestação e a ocorrência de microcefalia pela infecção do ZIKV. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com amostra constituída por 121 mães com exposição ao ZIKV durante a gestação confirmada por Teste de Neutralização por Redução de Placa (PRNT). As mães foram distribuídas em dois grupos: com e sem microcefalia em recém-nascidos. Resultados: As mulheres com filhos microcefálicos (n= 35), em sua maioria, eram jovens < 30 anos de idade (82,4%), negras (93,9%), com renda familiar autorreferida insatisfatória (70%), primigestas (57,1%), com via de parto cesárea (55,9%) e ganho de peso inadequado (60%). A renda familiar foi associada à microcefalia (p= 0,035). E mães com baixo peso no início da gestação tiveram maior chance de ter filhos com microcefalia (OR ajustado= 11.72; IC 95%: 1.15 - 119.11). Conclusão: O estado nutricional antropométrico materno pode ter influência na ocorrência de microcefalia pela infecção congênita do ZIKV. O baixo peso pré-gestacional foi associado aos casos de microcefalia. E maior prevalência de microcefalia foi encontrada entre mães com ganho de peso insuficiente durante a gestação.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1066101 - JAIRZA MARIA BARRETO MEDEIROS
Interno(a) - 1194475 - MONICA LEILA PORTELA DE SANTANA
Externo(a) à Instituição - WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA