Banca de DEFESA: GABRIELA BRITO DE LIMA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GABRIELA BRITO DE LIMA SILVA
DATA : 22/08/2019
HORA: 10:00
LOCAL: enufba
TÍTULO:

COZINHA, TRABALHO E GÊNERO: AS SIGNIFICAÇÕES QUE AS MERENDEIRAS ATRIBUEM AO SEU TRABALHO NAS COZINHAS ESCOLARES


PALAVRAS-CHAVES:

Merendeira. Gênero. Trabalho Culinário. Cuidado Alimentar


PÁGINAS: 54
RESUMO:

O presente estudo teve como objetivo compreender como as merendeiras significam seu trabalho nas cozinhas escolares, considerando o gênero um elemento constituinte das suas experiências com o cozinhar. Tal estudo é produto de entrevistas semi-estruturadas realizadas com nove merendeiras de escolas públicas da rede municipal de ensino da cidade de Salvador/Ba. A partir do consentimento das participantes, as entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas por meio dos Núcleos de Significação, instrumento de análise baseado na Psicologia Sócio-Histórica. Estes buscam apreender, analisar e interpretar as falas a partir do contexto social, cultural e histórico na qual estas são produzidas. Por meio das análises, os resultados foram organizados em três artigos. O primeiro discute teoricamente, através de bibliografias, as relações entre o trabalho feminino e o cuidado alimentar, destacando sua relação com a reprodução social. O segundo, fruto dos dados empíricos, discute as significações atribuídas ao trabalho culinário a partir do aprendizado culinário, da naturalização da relação mulher – cozinha e dos sentimentos relativos ao cozinhar. O terceiro busca discutir sobre como o trabalho das merendeiras adquire sentidos de cuidado no contexto escolar. Destacamos como a relação entre as mulheres e o cuidado alimentar se estende à esfera pública através de discursos ideológicos que naturalizam o trabalho culinário feminino, e como a sociedade se apropria desta para responsabilizá-las pela reprodução social. A necessidade de cozinhar para atender a família foi o ponto de partida para o processo de aprendizado culinário das merendeiras, fazendo com que estas acreditem que cozinhar é uma atribuição natural feminina que deve ser desenvolvida tanto em casa quanto na escola, ainda que se aceite o ônus do trabalho. A partir disto, observamos como o trabalho das merendeiras pode ser compreendido como uma forma de cuidado, tendo em vista que na busca por suprir as necessidades dos escolares através da alimentação também se constroem relações de confiança, atenção e afeto no cotidiano do trabalho.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1095648 - LIGIA AMPARO DA SILVA SANTOS
Externo ao Programa - 1017905 - MAISE CAROLINE ZUCCO
Externo à Instituição - MICHELI DANTAS SOARES - UFRB
Notícia cadastrada em: 14/08/2019 21:16
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