Banca de DEFESA: CLAUDINEIA ALMEIDA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CLAUDINEIA ALMEIDA DE SOUZA
DATA : 24/05/2019
HORA: 16:00
LOCAL: Sala B - 1o andar do HUPES
TÍTULO:

EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM PROBIÓTICOS, PREBIÓTICOS OU SIMBIÓTICOS SOBRE A MICROBIOTA INTESTINAL EM PACIENTES COM DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE


PALAVRAS-CHAVES:

Hepatopatia gordurosa não alcoólica, probioticos, prebióticos, simbióticos, microbioma gastrointestinal 


PÁGINAS: 75
RESUMO:

Dentre os mecanismos que podem predispor a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), a microbiota intestinal vem sendo alvo de intensa investigação, e na tentativa de modulá-la, a utilização dos suplementos probióticos, prebióticos ou simbióticos vem sendo uma recomendação comum na prática clínica. Dessa forma, o objetivo deste estudo é revisar sistematicamente dados da literatura científica sobre as características da microbiota intestinal após suplementação com probióticos, prebióticos ou simbióticos em indivíduos com DHGNA. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática desenvolvida de acordo com o PRISMA (Preferred reporting items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), cujo protocolo foi submetido ao PROSPERO (International prospective register of systematic reviews) como uma revisão sistemática e metanálise. Inicialmente, duas autoras conduziram de forma independente a busca dos artigos nas bases de dados Medline via PubMed, Web of Science, Embase, Scopus, Lilacs e na plataforma Ovid para a pesquisa da literatura cinzenta, no mês de abril de 2019. A estratégia de busca considerou a questão investigada, estruturada de acordo com a sigla PICO (População: adultos com diagnóstico de DHGNA; Intervenção: suplementação com probióticos, prebióticos ou simbióticos; Comparação: grupo que não recebeu a suplementação; Desfecho: características da microbiota intestinal, incluindo análise da permeabilidade intestinal ou supercrescimento bacteriano no intestino delgado (SIBO) ou coleta de amostra fecal ou aspiração do intestino delgado com contagem quantitativa de bactérias). Para a busca nas bases de dados foram utilizados os termos para população e intervenção. Inicialmente foram lidos títulos e resumos para exclusão dos artigos irrelevantes. Posteriormente os artigos selecionados foram lidos na íntegra e avaliados segundo os critérios de elegibilidade. As listas de referências dos artigos selecionados e revisões temáticas também foram pesquisadas. Os artigos incluídos foram lidos na íntegra e as informações neles contidas foram registradas em uma planilha padronizada. A avaliação do risco de viés foi de acordo com os critérios da Cochrane Collaboration. Posteriormente os resultados foram inseridos na ferramenta Review Manager 5.3 para criar figuras que pudessem sumarizar o julgamento do risco de viés dos ensaios clínicos incluídos. Resultados: Um total de 3.324 referências foram identificadas por meio da busca nas bases eletrônicas. Destas, 1.556 artigos foram excluídos após remoção das duplicatas e 1.728 foram excluídas após a leitura do título e resumo. Foi realizada a leitura completa de 40 artigos. Após a leitura na íntegra, apenas 4 artigos foram incluídos nesta revisão sistemática. Os métodos utilizados para a caracterização da microbiota intestinal foram indiretos a partir da contagem de bactérias em amostra fecal, bem como avaliação da permeabilidade intestinal a partir da excreção urinária de lactulose/manitol e teste de hidrogênio expirado para avaliação do SIBO. A maioria dos estudos utilizaram suplementação com simbiótico associada a mudanças na dieta. Dois estudos evidenciaram que após intervenção houveram mudanças benéficas no padrão da microbiota intestinal e nos outros dois estudos, tais alterações não foram observadas. Todos os estudos apresentaram alto risco de viés, sendo que a maioria apresentou reduzido tamanho amostral. Conclusão: Nesta revisão sistemática além da baixa qualidade dos estudos, os resultados encontrados foram contraditórios. Assim, não é possível afirmar os efeitos da suplementação de probióticos ou simbióticos sobre a microbiota intestinal em pacientes com diagnóstico de DHGNA.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3315542 - RAQUEL ROCHA DOS SANTOS
Externo ao Programa - 2445131 - ANTONIO RICARDO CARDIA FERRAZ DE ANDRADE
Externo ao Programa - 1164303 - CAROLINA SANTOS MELLO
Notícia cadastrada em: 21/05/2019 16:40
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